Notas de campanha (4)
1. A jornada de campanha começa às oito da manhã, à entrada das oficinas da
Câmara Municipal da Maia, para contacto com os trabalhadores. Um vem zangado com
“todos” os partidos, por causa do aumento dos combustíveis. Acabara de encher o
reservatório do carro e deu conta de que o gasóleo aumentara três cêntimos. Cabe
esclarecer que a culpa não é de “todos”, pois aspropostas do PCP têm sido barradas pelo PS, PSD, CDS, PAN, Chega e IL.
2. Contacto com a população na feira semanal no Mercado Municipal do Castêlo
da Maia. Um velhote simpático atira “São do partido do “bota-abaixo e por isso as
reformas não aumentaram”. Explicamos que, pelo contrário, é o PCP quem tem
puxado pelos aumentos das reformas e que o Governo não precisava de Orçamento
para dar já o aumento de 10 euros. “Bem me parecia!”, exclama, ao lado, uma
feirante. “Ora dê cá o panfleto, sempre aceito!”
3. Os lamentos pelos aumentos de “um ou dois euros” nas reformas regressa à
porta do centro de saúde. “Bem, o Jerónimo lá diz que, por ele, a subida era
muito maior, e já.” A conversa é entre duas senhoras. Recebem com simpatia o
documento com os candidatos da CDU no distrito do Porto e as suas principais
propostas. Uma delas sorri ao ver os símbolos da coligação – o PCP e o PEV. “Ah!
Votei sempre no meu partido da foice e do martelo, sou gente de trabalho!”
4. Encontro com trabalhadores do Município de Matosinhos (foto). Um rol de problemas –
dos baixos salários, agora situados ao nível do salário mínimo nacional,
miserável para quem trabalha há duas dezenas de anos na mesma função, à higiene
e segurança, passando pela inexistência de promoções, a falta de carreiras, o
sistema de avaliação… – domina a conversa. Há esperança, porém. A deputada
Diana Ferreira, primeira candidata da CDU no Porto, expõe e explica
detalhadamente as iniciativas no Parlamento – as vitórias alcançadas e os avanços
impedidos pelo PS, aliado ao PSD, ao CDS, ao Chega, à Iniciativa Liberal… “Por
isso é imperioso reforçar a CDU”, exorta.
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