Notas de campanha (2)

1. Li com muito interesse a entrevista Público/Rádio Renascença a Jerónimo de Sousa. Vale a pena ler, mas sobretudo ouvir na íntegra, logo à noite (23:20), na RR, salientando uma mensagem muito importante: que independentemente das insónias, vigílias ou estado de alma de António Costa, o PCP é que conta para mudanças positivas para os trabalhadores e o povo e para verdadeiras políticas de esquerda.

2. Entre as iniciativas de hoje da CDU nomeadamente no distrito do Porto, é de salientar a extraordinária tribuna pública sobre Educação e os perigos da municipalização das escolas, realizada no Porto, com a participação da deputada Ana Mesquita, com testemunhos/intervenções de:

- um jovem estudante do ensino secundário, denunciando as arbitrariedades antidemocráticas de directores de escolas contra a livre organização de eleições para as associações de estudantes;

- da professora Olinda Moura*, apontando o risco de agravamento das condições de funcionamento das escolas e das condições de trabalho dos profissionais docentes e não docentes, caso prossiga a municipalização;

- da assistente operacional e dirigente sindical Maria de Lurdes Ribeiro*, denunciando a crescente precarização dos trabalhadores não docentes, nomeadamente em escolas que já estão sob gestão de câmaras (PS…), que até recorrem a empresas de trabalho temporário;

- da vereadora comunista na Câmara Municipal do Porto, Ilda Figueiredo, que alertou para o peso de encargos que o Governo pretende transferir para as câmaras, sem transferir correspondentes meios e gerando profundas desigualdades no país, salientando que, seja qual for o Governo - PS ou PSD - , pois a lei foi cozinhada e aprovada pelos dois, há um sério risco de a lei de transferência de competências ser aplicada, se não for contrariada; e

- da deputada Ana Mesquita, que alertou para o facto de a chamada descentralização constituir, de facto, uma forma de o Governo desresponsabilizar o Estado das suas funções sociais, enfatizando os riscos de degradação da escola pública: “querem-nos ignorantes, querem-nos submissos!”.

3. Recado a quem diz que a juventude não se interessa por política: tenho visto muitos e empenhados jovens na campanha e na sua preparação.  

* Também candidatas da CDU