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A mostrar mensagens de agosto, 2022

O caso dos russos de Setúbal

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O jornal Público noticiou hoje, com grande destaque, que a ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, homologou a proposta de arquivamento do inquérito às relações entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Associação de Imigrantes dos Países de Leste (EDINSTVO), catapultadas para a ribalta “político-mediática”, entre o final de Abril e o início de Maio, por alegadas suspeitas de envolvimento de “russos pró-Putin”. Como é natural, a generalidade dos órgãos de informação retomou a notícia , uns com tratamento próprio, outros com recurso ao trabalho da Agência Lusa, dando conta do essencial, quanto ao fundamento do arquivamento, e também dos comentários do presidente do Executivo municipal, André Martins. No “Jornal da Tarde”, a RTP tratou também do assunto , mas com uma diferença em relação aos demais: juntou uma reacção do presidente da associação de ucranianos em Portugal, em declarações por vídeo-chamada que suponho terem sido recolhidas hoje. Se pode ser discutível colocar o dito personagem a

Amnistia Internacional, em que ficamos?

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  Numa atitude inédita, a Amnistia Internacional pediu desculpas, neste domingo, à Ucrânia, pela “perturbação e revolta” causadas pelo seu recentecomunicado sobre a utilização de populações civis, incluindo em escolas ehospitais como escudos para posições militares , mas assegura manter o teor das suas revelações, que reputa como investigações. Não sei em que águas pretende ficar a Amnistia. Se confirma a veracidade das suas afirmações, por que razões pede desculpa à Ucrânia? Só porque “enfureceu o presidente Zelensky” ? Já agora, por que razões também não pede desculpas a outros visados nos seus comunicados? É ou não uma organização independente e imparcial? Já agora, por que razões os grandes meios de informação não relatam que têm encontrado combatentes, armamento e outros meios militares ucranianos em pleno cenário de alvos de ataques russos que os media tanto insistem em chamar “exclusivamente civis” e que as vítimas principais (mortos e feridos) são efectivamente militares, o

Hiroxima e Nagazaky nunca mais!

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O tempo passa, mas a memória não pode ceder nem um milímetro de terreno, nem um milésimo de segundo de tempo. Há 77 anos, a 6 de Agosto de 1945, os Estados Unidos da América lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroxima uma bomba atómica que causou a morte imediata de 60 mil pessoas. Três dias depois, repetiu o "feito" em Nagasáqui.  Para assinalar a triste efeméride, o Conselho Português para a Paz e Cooperação emitiu uma mensagem cujo teor merece reflexão e ação. O Conselho Português para a Paz e Cooperação assinala os 77 anos dos bombardeamentos de Hiroxima e Nagasáqui - É urgente a assinatura e ratificação do Tratado de Proibição de Armas Nucleares Em agosto de 1945 – a Segunda Guerra Mundial terminara na Europa, formalmente, apenas há três meses –, o mundo era confrontado com um ato inumano e inesperado. Sem aviso prévio, no dia 6, os Estados Unidos da América (EUA) lançavam sobre a cidade japonesa de Hiroxima uma bomba atómica, e três dias depois, outra sobre a cidade de

O Bonbass Palace Hotel não está no roteiro da FIJ

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O Bruno Carvalho continua a fazer um trabalho exemplar "no outro lado" da guerra na Ucrânia, relatando, através de vários meios, o que mais nenhum jornalista português quer ou pode ver e contar. Este episódio é exemplar do silenciamento geral dos media quanto aos ataques, que também fazem, e dos alvos, que também os têm, das forças ucranianas, que a narrativa comunicacional dominante simplesmente ignora. O ataque ao hotel Donbass Palace é uma iniciativa militar absolutamente condenável e criminosa. Mas não me consta que a FIJ e outras organizações de jornalistas e de defesa da liberdade de imprensa tenham tomado já posição. É pena. Face à possibilidade de nem todos os meus leitores terem acesso à página do Bruno Carvalho no Facebook, transcrevo de seguida o texto desta manhã. A foto que publico acima, com a devida vénia, é sua e ilustra o referido texto. Esta manhã ouvi várias explosões no centro da cidade. Logo que soube que o Donbass Palace tinha sido atingido, pus-me a ca