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A mostrar mensagens de maio, 2020

Vigília Contra a Precariedade na RTP Porto

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A partir das 12 horas desta segunda-feira, dia 1 de Junho, um grupo 27 de trabalhadores ao serviço da RTP, no Centro de Produção do Porto, em situação de inaceitável precariedade e agora "dispensado" pela Administração da empresa pública de Rádio e Televisão, numa ofensa a direitos elementares, cumpre uma vigília de 27 horas. Não podemos deixá-los sozinhos: a partir dessa hora e até ao termo da jornada de luta, estes trabalhadores terão a nossa companhia e a nossa solidariedade activa - e presente. Segue, na íntegra, o comunicado dos organizadores:     Vigília Contra a Precariedade na RTP, 01/06/2020, 12h, Monte da Virgem Somos um grupo de 26+1 profissionais da RTP que estamos a aguardar integração nos quadros, ao abrigo do PREVPAP (Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública). No

Diário Off (14)

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Off.

Propriedade privada

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Rua do Monte, Águas Santas, Maia, Maio de 2020

Portugueses, os turistas de recurso

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Alentejo, pormenor. Tenho a sorte de conhecer razoavelmente  país, de ter viajado e pernoitado nas várias regiões - do litoral ao interior, e de preferência neste - ao longo dos anos, muito antes e durante o, pelos vistos, estado de graça junto dos turistas estrangeiros, agora quebrado com a pandemia de Covid-19. Espero continuar a frui-lo o melhor que puder. Conheço o país real das principais cidades a aldeias e cantos recônditos, dos museus mais ricos ou mais modestos onde me reencontro com a memória e o conhecimento, às montanhas onde refresco a alma com os ventos lavados ou me procuro no céu polvilhado de estrelas, passando pelas aldeias em declínio onde as ruínas me falam das gentes, ou pelos bosques onde a Natureza me fala de mistérios essenciais da vida. Sou do tempo em que todos nos sentíamos essenciais, onde quer que nos sentássemos para merendar ou simplesmente para recostar o corpo e dessedentar de uma caminhada, ou a quem quer que nos dirigíssemos, fosse para

Diário Off (13)

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S. Exa. o Presidente da República foi almoçar, na Base Aérea de Maceda, em Ovar, com o líder do seu partido, perdão, com o “exemplar” “líder da oposição e candidato a primeiro-ministro”, o que quer que isso seja na Lei Fundamental que o deputado constituinte Marcelo Rebelo de Sousa votou e que o actual chefe de Estado jurou cumprir e fazer cumprir. Da aprendizagem política. Diz o jovem líder do CDS que é “absolutamente extemporânea e até insultuosa” a discussão, nesta altura, da questão das eleições presidenciais de janeiro de 2021, isto é, daqui a pouco mais de meia dúzia de meses. Vai na linha de Marcelo, que acha que falar do assunto agora “é um desperdício”. Talvez não seja uma prioridade e é certo que outras forças e outros campos se reservam ainda para lançar, no momento e nas condições que considerarem oportuno, as suas próprias iniciativas. Mas a adjectivação da aparente displicência sobre o tema com que a Direita – e com ela alguns comentadores, analistas e j

Diário Off (12)

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Desconfinamento, fase 2. Prosseguem em boa degustação os almoços de suas excelências as altas figuras do Estado, amesendadas em restaurantes de Lisboa para dar o incentivo ao regresso urgente da clientela. Está certo, que donos das casas, cozinheiros e empregados de mesa também têm barriga para encher e é justo que lhes reponham o sustento. À entrada, falam suas excelências aos jornalistas, servindo-os de entradinhas a preceito, pois que ali haviam chegado salivando por um pitéu de actualidade, se não for maçada temperado pelo menos com um tudo-nada de intriga – seja a recondução de S. Exa. na presidencial cadeira, seja, como hoje, a opinião de S. Exa. sobre a intervenção do Estado na TAP, assunto melindroso que S. Exa. quer resguardar no devido recato. Fez saber a senhora ministra da pasta competente que o número de trabalhadores postos em lay-off ascendia, em 30 de Abril, aos 735 mil, relativos a 90 mil empresas, às quais a Segurança Social pagou até então 284 milhões d

Diário Off (11)

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Entrou, politicamente eufórica, a segunda fase de desconfinamento. Ainda dizem que “vai ficar tudo bem”, mas há cada vez mais quem acredite menos nisso. Sinais da nova normalidade. Uma senhora que é voluntária numa associação de ajuda a pessoas com necessidades, modo de dizer que são pobres, ou caíram na pobreza, contou que estão a retomar plenamente a actividade porque há mais gente na pobreza. Falou de casais que até faziam férias no estrangeiro; de repente, ficaram no desemprego. Marcelo Rebelo de Sousa faz de conta que nada se passa com as próximas eleições presidenciais e repete o número do faz-de-conta-que não-é-recandidato, alimentando aquela espécie de fenómeno que já não é fenómeno a que os media gostam de chamar tabu. Mas o pior de tudo nele é a forma capciosa como fornece nutrientes ao populismo com afirmações, como a que produziu, segundo a qual as presidenciais – e em particular a sua recandidatura – é uma questão que “não preocupa minimamente os portugueses”.

O mergulho de Marcelo no dia 6 de Junho e exemplo para o povo

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No tom de gabarolas de taberna, Marcelo Rebelo de Sousa dissertou, na tarde deste solarengo domingo, sobre a ânsia que tem de voltar a dar um mergulho nas salsas ondas lusitanas. Está no seu direito. Na pele de Presidente da República que fala à nação através dos media , "prometeu", dizem estes, dar um mergulho mal o relógio empurre o calendário para o dia 6 de Junho. Ou seja, à meia noite do dia 5 do próximo mês, lá o teremos (em Cascais, suponho), a preparar-se para saltar para a água. Passaram-se estas horas todas e não vi nem ouvi ninguém a questionar a legitimidade deste "testemunho". E muito menos ninguém a perguntar-se o que farão as autoridades - sanitárias, policiais, etc., se acaso uns tantos portugueses decidirem seguir o exemplo presidencial. É preciso explicar o que está em causa, ou dá para entender à primeira?

Diário Off (10)

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Diário breve. A Festa do “Avante!” continua a fazer muitas cócegas a muita gente e a fazer cair máscaras de gente que se diz de esquerda e até que foi eleita como sendo de esquerda. Como não quer a coisa, em pezinhos de lã e falinhas mansas, hei-de vê-los a votar com a direita e a extrema direita uma "proibição" da grandiosa iniciativa do PCP. Sim, há o problema sanitário e tal e coisa. Mas estou como um grande amigo meu sempre me ensinou: todas as más leis tiveram uma boa razão. A morte de uma criança é uma tragédia e um homicídio é um acontecimento brutal, mas aproveitar-se dela para destilar a ideologia justicialista, que é uma arma predilecta do fascismo, é execrável. A propósito: espero um acto público de contrição da CMTV por causa de insanas perguntas como a que um repórter fez a um popular útil, sobre se deveria haver justiça popular.  Chama-se Weijia Jiang , tem origem chinesa, é imigrante nos Estados Unidos desde os 2 anos, é jornalista na estação nort

75.º aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo - Pela liberdade, a paz e a verdade - Não ao fascismo e à guerra

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No dia 2 de Maio de 1945, o Exército Soviético tomou o Reichstag, em Berlim. Poucos dias depois, a 8 de Maio, a Alemanha nazi assinava a sua rendição incondicional. No dia seguinte, 9 de Maio, milhões de pessoas comemoraram o dia que passou à História como o dia da Vitória. A 6 e 9 de Agosto de 1945, os EUA lançavam o horror atómico sobre Hiroxima e Nagasáqui, cidades de um Japão já derrotado. No dia 2 de Setembro o militarismo japonês capitulava. Para trás ficava a maior tragédia humana que a História conheceu. Cerca de 75 milhões de pessoas morreram na Segunda Guerra Mundial. Auschwitz e os muitos outros campos de concentração e extermínio nazis figuram entre os mais hediondos crimes do nazi-fascismo. Mas a História da Segunda Guerra Mundial é também e sobretudo a da heróica resistência e luta contra o fascismo e a guerra. Por toda a Europa, e noutras partes do Mundo, os trabalhadores e o

Dia da Vitória, dia de compromisso

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O marechal de campo alemão Wilhelm Keitel assina a rendição incondicional das forças nazis No início da madrugada de 9 de Maio de 1945, foi assinado em Berlim, conquistada no dia por forças do exército Vermelho, da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o instrumento de rendição incondicional da Alemanha nazi. Pelas forças nazis, foi assinado pelo marechal Wilhelm Keitel; pela URSS, pelo marechal Georgy Zhukov; pelos Estados Unidos da América, pelo general Carl Spaatz; pelo Reino Unido, pelo marechal William Tedder; e pela França, pelo general Jean de Lattre. O marechal de campo soviético Georgy Zhukov lê os termos da rendição  Foi sem dúvida o dia da vitória sobre o nazi-fascismo. E foi o da libertação da Alemanha e da Europa do jugo da barbárie. Não regressemos a ela nunca mais. É esse o compromisso que os democratas de todo o mundo devem assumir como permanente e irrevogável.

Diário Off (9)

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Relativismos históricos. A pandemia de Convid-19 neutralizou qualquer possibilidade de assinalar, com a densidade que se impunha, o 75.º aniversário da derrota do nazi-fascismo, com a capitulação das forças nazis, a 8 de Maio de 1945, e assinatura da sua rendição incondicional, em Berlim, às 0:16 horas do dia 9 na capital alemã tomada pelo Exército Vermelho, eram já 2:16 em Moscovo, razão pela qual a União Soviética e agora a Federação Russa comemoram a efeméride no dia 9 e não no dia 8, como a Alemanha e a França. Devido ao confinamento, as autoridades de Berlim assinalaram a efeméride com “cerimónias tímidas” , tão tímidas que, apesar de ser feriado municipal na capital, poderá nunca chegar a ser um feriado nacional, tais são as dúvidas do actual ministro dos Negócios Estrangeiros, Heiko Mars . Mesmo assim, lá se manifestou a oposição da extrema-direita neonazi, cujo porta-estandarte é o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), e especialmente o seu presidente honorário,

Diário Off (8)

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Confinamentos coincidentes. A proposta de "abordagem e confinamento específicos" para ciganos manteve-se hoje bem à tona da ordem do dia, no Parlamento e na comunicação social. Na arena parlamentar, o  primeiro-ministro  procurou aligeirar a sinistra questão, rematando de  trivela  contra o deputado. O efeito pode não ser o melhor: parece uma frivolidade pré-estival. Mas não é - é demasiado séria para não ser levada a sério, mesmo que me custe dar-lhe corda. A simples ideia de um "confinamento específico" seja de que ser humano for, com a evidente ressonância de execrável eufemismo que remete para a memória do extermínio de milhões de judeus, ciganos, comunistas e homossexuais nos campos de concentração e de morte nazis, não pode senão ser encarada com repugnância e rejeitada com toda a firmeza. A evocação do gigantesco genocídio, vergonha da Humanidade, é decerto dura e alguns dirão que é uma comparação excessiva. Na antevéspera da comemoração dos 75 anos da de

Diário Off (7)

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Um fascista é um fascista. O Ventura que odeia ciganos e reclama a condução da "raça" a um redil sanitário é um fascista. O Ventura que foi politicamente construído pelo Correio da Manhã e pela CMTV a discutir crimes e futebol não quer que um futebolista - porque é cigano e não porque é futebolista - fale de política. Ainda por cima acha que Ricardo Quaresma tem especiais deveres de conduzir a sua "etnia".  O Ventura é um merdas que cavalga a onda dos seus próprios regurgitados de ódio e raiva transformados em acontecimento. O Ventura é um fascista ao nível rasteiro das ideias rudimentares e simplistas que repete, de preconceitos ignorantes de que se nutre e alimenta o lumpen electrónico que o segue e o replica nas redes e nas comentários de comentários.  O Ventura é um artistão dos media  disponíveis e talvez gozosos das repercussões das suas boçalidades. O Ventura é a síntese dos esqueletos que a Direita guardou todos estes anos nos armários. O Ve

O Oscar Mascarenhas deixou-nos há cinco anos

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Foto obtida no perfil em memória de Oscar Mascarenhas, de autor que desconheço, com a devida vénia Citando, em memória de  Oscar Mascarenhas , que nos deixou há cinco anos, passam hoje, e que tanta falta nos faz: "Terrível e formidável poder é este de impor a visão a outros. Um poder muito mais forte do que a bárbara violência de arrancar os olhos - porque é muito mais fácil cegar do que fazer ver. Conquanto este fazer ver seja, no fundo, cegar... (...) “Na lei, é permitido tudo o que não for proibido; na ética, não raro se recusa fazer o que nos é permitido. O motor da lei é a proibição, a alma da ética é o escrúpulo. (…) O que permite encaminhar o conceito de ética para coisa bem mais simples e apreensível: a lealdade.” Oscar Mascarenhas, O Poder Corporativo Contra a Informação , MinervaCoimbra (2001)

Diário Off (6)

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Desconfinar a memória. Ver para além da janela do óbvio, resistir aos patrulheiros da moral e dos costumes cívicos, recordar a repressão e o horror para que possamos gritar nas alamedas das nossas vidas Não, nunca mais!, Resistiremos, resistamos!, evocar passos decisivos da civilização e momentos exaltantes de resistência e de luta. Memória #1 – Libertação do campo de concentração e extermínio nazi de Mauthausen, na Áustria, há 75 anos, passam hoje, a 5 de Maio de 1945. Seguindo a sugestão da AssociaçãoCultural Memória Histórica Democrática , de Ferrol, na Galiza, recordando os mais de nove mil compatriotas (essencialmente ex-combatentes antifranquistas fugidos para França e pela França traídos) deportados para campos de sofrimento e de morte, recomendo o impressionante documentário “OsÚltimos Espanhóis de Mauthausen e Restantes Campos Nazis” , de Carlos Hermida de Miguel e Concha Esquinas. Outras efemérides nesta data: 1918 – Nascimento de Karl Marx . Ainda hoje e por muitos e m

Diário Off (5)

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Desconfinamento. Entenda-se por movimento de saída do estado de confinamento. Diz o Governo que há-de ser progressivo e condicionado, pois diz temos de obedecer ao determinado na declaração do estado de calamidade . Se não resultar, diz o primeiro-ministro que não se envergonhará de dar um passo atrás. Diz-se também (retenho de memória) que é “regresso paulatino a uma nova normalidade” e que isso significa que abandonaremos muitos (ou alguns…) hábitos e gestos rituais. Tendo Sua Excelência o Presidente da República regressado, nesta manhã, ao convívio com os seus concidadãos em pleno Chiado e livrarias a reabastecer-se de livros (gesto nobre), reparei – ou as televisões não as mostraram, por contenção sanitária – que não retomou porém o histriónico hábito de oferecer-se aos transeuntes para “selfies”. Oxalá mantenha bem ao largo o afecto exibicionista. Por falar em Sua Excelência. Veio o Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa esclarecer que, ao prever, no último Decreto

A SIC, a CGTP, o PCP e o 1.º de Maio: manipulação e preconceitos

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Ao terceiro dia de obscena manipulação e de preconceitos, talvez mesmo ódio à CGTP e ao PCP, nos noticiários da SIC, a pretexto das exemplares iniciativas da Inter-sindical Nacional comemorativas do 1.º de Maio em contexto de pandemia, o jornalista Joaquim Franco, que trabalha na mesma estação, veio dizer o que a sensatez e a objectividade mandam dizer: Que simplesmente não se pode comparar uma iniciativa cujos participantes, pré-conhecidos e identificados, tinham instruções estritas, com uma multidão anónima de peregrinos em Fátima, como o tentou fazer a SIC, na entrevista à ministra da Saúde . Vamos ver se se faz luz na estação... Além disso, é sabido há muitos anos, sobretudo pelas autoridades, que a CGTP possui uma elevada capacidade de organização nas suas iniciativas, incluindo serviços de ordem, que dá garantias exemplares. Isso ficou tão bem demonstrado nas comemorações do 1.º de Maio em 24 localidades de todo o país, que quem não quis ver não viu. Co