Nave dos dias

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, fez muito bem em advertir certo líder partidário e deputado à AR para o respeito devido por todos para com os muitos milhares de cidadãos estrangeiros que residem no nosso país e contribuem para o seu desenvolvimento. São muitas e, nalguns casos, inultrapassáveis as divergências que tenho em relação aos seus posicionamentos, mas mereceu os justos aplausos com que, espontaneamente, a maioria dos parlamentares o saudou. O presidente da Assembleia da República não poderia deixar de interpretar o comando constitucional e o consenso democrático em relação ao acolhimento dos imigrantes, nem deixar de agir como agiu. Não sei se o Presidente da República fez bem – ou se poderia recusar… – em receber o dito líder, que lhe foi fazer queixinhas e que, no final d audiência, não se coibiu de “desafiar” Marcelo Rebelo de Sousa a “assumir que foi receptivo” aos seus argumentos. Mas estou certo de que, apesar de declarar que não quer

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) apresentou, na primeira sessão legislativa da nova legislatura iniciada em Março, um total de 58 projectos de Lei, 27 projectos de Resolução e 101 perguntas escritas dirigidas ao Governo. De acordo com o balançoda actividade legislativa do GP divulgado hoje pelo PCP, as iniciativas apesentadas abrangeram um amplo leque de temas, designadamente valorização de salários e pensões, controlo e fixação de preços de bens essenciais, reforço do Serviço Nacional de Saúde, legislação laboral, educação e ciência, cultura, direitos das crianças, habitação, agricultura e floresta, ambiente e justiça. Além daquelas iniciativas, o PCP, com seis deputados apenas, contribuiucom 353 das quase 1500 propostas para o Orçamento do Estado, que podem ser analisadas pormenorizadamente aqui e aqui . “ Foi o PCP que trouxe à Assembleia da República os problemas que afectam os trabalhadores e o povo, que apresentou as soluções para a sua resolução

Sem surpresa, a Festa do Avante! (leva ponto de exclamação, sff!) volta a ser alvo e pretexto para renovados ataques ao PCP. Agora, porque há um conjunto de artistas que “aceitou” atuar nos seus palcos e, pelos vistos, não devia, em nome de estafadas mentiras que os media sabem não corresponder à verdade, mas que repetem, repetem, repetem… Ainda nesta terça-feira, o Blitz se refere ao Partido Comunista Português (PCP) como “o único partido com assento parlamentar que não condenou a invasão militar da Ucrânia ordenada pelo Presidente da Rússia”. Não há muitos dias, o Público estranhava os dados de uma sondagem escrevendo que “o reforço das intenções de voto na CDU acontece apesar da posição” do PCP, que “recusa condenar frontalmente a invasão”. São apenas exemplos. Há outros, tão ou mais graves do que estes. Mas, por mais que se repitam e se repliquem, não vão tornar verdade o que se sabe ser falso. Porque é de facto inequívoca a condenação, que aliás teve momento alto na in