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A mostrar mensagens de maio, 2022

O Dia da Vitória sobre o nazi-fascismo

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A 8 de Maio de 1945, passam hoje 77 anos, o nazi-fascismo capitulou, com a rendição incondicional das forças do III Reich (literalmente, Terceiro Império), em Berlim, perante o Exército Vermelho, que havia tomado a cidade e o Reichstag, no dia 2. No início da madrugada seguinte, os marechais de campo soviético, Georgy Zhukov , e alemão, Wilhelm Keitel (no foto), outorgavam os termos da rendição. Quer se assinale, para uns, a 8 (segundo a hora local de Berlim), ou, para outros, a 9 de Maio (hora local de Moscovo), é, para todos os efeitos, o Dia da Vitória. Naquele dia, foi posto fim, na Europa, à II Guerra Mundial e ao trágico cortejo de genocídio e homicídio planeado em massa (judeus, comunistas, ciganos, doentes mentais), destruição e morte, celebrado com enorme e incontido júbilo, no dia 9, por milhões e milhões de pessoas nas ruas de quase todo o mundo. Representou, para todos os homens e mulheres de boa vontade, para todos os cidadãos decentes, um dia de compromisso de paz, pa

Passageiro ocasional, memórias de guerra

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Nesta manhã, tive como companheiro ocasional de viagem um homem, na casa dos 80, que se dirigia para um convívio de antigos combatentes. A princípio, pareceu-me muito fechado na sua vida e, sobretudo, pouco interessante. Para ajudar a justificar alguma indisponibilidade minha para a conversa, estava demasiado absorvido na minha leitura de viagem e, pior, acompanha-me uma teimosa irritação da garganta que me desarma em qualquer esforço coloquial. Deu-se o caso de ter de auxiliar o senhor num pequeno e irrelevante incidente com o seu bilhete, quando o revisor surgiu. Que não estava habituado a viajar de comboio, justificou-se. "Ando nisto há 40 anos, mas..." No seu dizer, "nisto" quer significar convívios anuais de antigos combatentes na guerra colonial. Dirigia-se para mais um, algures no caminho para Lisboa. Trabalhos vários que já fiz sobre a guerra colonial, incluindo uma reportagem sobre desertores que me rendeu uma surpreendente colecção de cartas de agradecime

Velho macarthismo travestido de puritanismo jornalístico (em solidariedade com Bruno Amaral de Carvalho)

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  Sou do tempo em que um dado acontecimento podia ser coberto por jornalistas ao serviço de jornais de orientações editoriais muito distintas – O Dia , O Diário , O Primeiro de Janeiro , O Comércio do Porto , Jornal de Notícias , Diário de Lisboa , Diário Popular , A Capital , Diário de Notícias , Portugal Hoje , Expresso , O Diabo , Tempo , O Jornal , etc. – e também na RDP e na Rádio Renascença (emissora católica portuguesa) e na RTP. Em todas as redações, havia jornalistas com as mais diversas conotações, simpatias, filiações e até militâncias dedicadas, como havia independentes. De muitos deles, sabia-se bem o que pensavam e o que defendiam, mas não me recordo de, em serviço ou por causa dele, ter sentido algum julgamento entre pares ou qualquer condicionamento em razão das convicções de cada um ou da linha editorial do órgão de informação ao qual vendia a força do seu trabalho. Sou até testemunha de inúmeros exemplos de entre-ajuda e de camaradagem – da passagem de apontament

"O Novembro que Abril não merecia"

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Numa altura de grande afã ideológico de aprofundamento de certos branqueamentos, de normalização de certas leituras e reinterpretações de importantes acontecimentos históricos e, sobretudo, de tentativas de celebração e glorificação do 25 de Novembro, é muito importante agendar para o próximo dia 23, pelas 18 horas, na livraria da UNICEP, a apresentação do novo livro do Prof. Doutor António Avelãs Nunes, O Novembro que Abril não merecia .   

Russofobia

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A RTP continua a dar corda aos fascistas ucranianos em Portugal. Este senhor continua a lançar suspeitas sobre cinco associações "russófilas", mas a RTP não as ouve. Este senhor lança suspeitas sobre o sistema português de acolhimento de refugiados, mas a RTP limita-se a dar-lhe a palavra. Aditamento Também no Público:

Oleando a máquina da metralha anticomunista (2)

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Quase 24 horas depois, a RTP - Serviço Público de Televisão difunde no Jornal da Tarde (RTP) as declarações do presidente de uma associação de refugiados ucranianos sugerindo a ilegalização do Partido Comunista Português (PCP) , partido político fundador - e ao qual em grande parte ela se deve - da Democracia portuguesa, como se fosse normal dar voz a posições fascizantes e, sobretudo, sem qualquer distanciamento crítico e sem quaisquer outras vozes que desmontem e se oponham a tais desígnios.  E, não, não é necessariamente independente ou imparcial um jornalismo que se limita a dar a palavra a um protagonista forçado da actualidade, que bolça afirmações ofensivas para um partido e para o próprio sistema democrático. É com estas e com outras que se vai normalizando o fascismo. (Corrigida às 00:26 de 02.Maio.2022)

Oleando a máquina da metralha anticomunista

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Já pouco ou nada dissimulam: é cada vez mais evidente que a situação na Ucrânia, pese embora a justíssima condenação de que é merecedora a agressão militar russa, tem crescido, no nosso país, como mais um e virulento pretexto para atacar um inimigo de estimação por parte da Direita, de uma certa parte da Esquerda e de certos sectores da Imprensa – o Partido Comunista Português (PCP). Ao mais pequeno incidente, ao mais obscuro bitate , ao mais relaxado comentário de uma personagem política, lá se puxa, nos media , da picardia ou da manchete, num recorrente exercício de tiro ao alvo. Ainda há dias, o Público puxava para chamada de primeira página uma afirmação da ministra dos Assuntos Parlamentares que, no interior do jornal não corresponde a mais do que uma muito breve resposta a terminar o texto principal de uma entrevista com mais de duas páginas. Era a resposta de maior relevância? Não, mas em maré de acirrada batalha ideológica, não se pode desperdiçar munições. Na semana que passo