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A mostrar mensagens de dezembro, 2020

Diziam que iria ficar tudo bem

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Os pivôs repetem o lugar-comum, mais ou menos isto: "ninguém quer lembrar 2020".  Lembram-se: "Vai ficar tudo bem!"? Os dez mais ricos do mundo não podem dizer o contrário: desde o início da pandemia de.covid-19, em Março, a sua riqueza conjunta aumentou em 398 mil milhões de dólares. Os Bezos, Musks e Zuckerbergs são apenas o vértice da pirâmide da injusta distribuição da riqueza que as crises agravam - por isso são geradas ou por isso são aproveitadas - aumentando a pobreza e deixando um rasto imenso de desolação e sofrimento para centenas de milhões de seres humanos. Estamos de partida para um ano novo e há ainda muito de incógnita nessa viagem, incluindo relativamente a esse vírus que tolhe o passo a muitos de nós e nos mascara o viver.  Mas uma certeza temos: sem resistência e sem luta não transformaremos, não conquistaremos. Bom ano!

Quem disse que não há alternativas?

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  Marcelo, o óbvio, veio enfim dizer ao povo que se confirma como recandidato a Presidente da República. É, como se esperava, o candidato do consenso central. E dali não vem qualquer ruptura com o que, no essencial, Governo, PS (ou boa parte dele) e PSD e CDS estão acordo. De onde vem, então as ameaças de enfrentamento?, perguntam os pivôs. À esquerda, de Ana Gomes; à direita, de André Ventura, respondem os comentadores de serviço ao consenso. Como se nada mais houvesse. Como se não houvesse um candidato que não só desafia Marcelo Rebelo de Sousa a prestar contas pelas suas omissões, quando deveria cumprir e fazer cumprir a Constituição em matérias de direitos e garantias para proteger os mais fracos, assim como pelas suas acções, quando se cumpliciou com a defesa dos mais fortes, como se distingue das demais candidaturas pelo horizonte de esperança que representa e pela capacidade para assumir todas as consequências dos votos que os portugueses lhe quiserem dar. Chama-se João Fe

A Venezuela, a Europa e os EUA

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A União Europeia (UE) só tem um caminho a seguir quanto à "questão Venezuelana": afastar-se do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, e da sua pandilha e travar a fundo na estratégia de esmagamento do povo venezuelano, através de repetidas e agravadas sanções. O apelo é do antigo presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero , insuspeito de simpatias bolivarianas, que tem mediado os esforços de diálogo nacional na Venezuela, onde se encontra neste domingo como observador das eleições legislativas. O apelo faz todo o sentido quando os EUA, pela voz do ainda secretário de Estado, Mike Pompeo, pretendem fazer valer a tese, que encarraram Juan Guaidó e alguns partidos da oposição de alimentar, de que as eleições feitas nos termos constitucionais são fraudulentas. E é feito numa altura em que o agonizante presidente cessante continua a fazer a triste figura de afirmar que ainda poderá ganhar as eleições de 3 de Novembro e de insistir que as eleições n

Apresentação da revista Diagonal (n.º 5)

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Agenda:  Quarta-feira, 9 de Dezembro, 17horas |  Centro de Trabalho do PCP na Avenida da Boavista  (abertura da Feira do Livro que decorre de 9 a 16 de Dezembro). Com a participação de  Manuel Sobrinho Simões  (Professor e Investigador) e  Rui Pereira  (Professor e Jornalista) A revista Diagonal é uma publicação da responsabilidade do Sector Intelectual do Porto do PCP. A  Diagonal de Dezembro de 2020  inclui uma grande  entrevista  com o Professor  Manuel Sobrinho Simões  (por  Alfredo Maia  com fotos de  Egídio Santos) , e textos inéditos de: .  Rui Pereira , jornalista e professor do ensino superior, sobre Fake News; .  Marcos Cruz  , copywriter, sobre a precariedade na Casa da Música; .  Hugo Brito , violinista, sobre os 250 anos do nascimento de Beethoven; .  Mário Mesquita , arquitecto e professor do ensino superior, sobre o projecto em curso na antiga cadeia da PIDE no Porto; .  Maria João Antunes , investigadora, sobre os 45 anos do Serviço Cívico Estudantil; .  Francisco Duart

Eduardo Lourenço: o lado esquecido pelos elogios fúnebres

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Transcrevo um importante alerta do jornalista e escritor César Príncipe: Segundo a União de Resistentes Antifascistas Portugueses, Eduardo Lourenço participou, em 2015, na inauguração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade. Em 1966 foi detido pela polícia na fronteira portuguesa por ter subscrito, quatro anos antes, um abaixo-assinado, endereçado ao Presidente da República de então, no qual se condenava o assassinato do militante comunista José Dias Coelho e se pedia amnistia para os presos políticos. Desde 1962 que tinha uma ordem de captura. (A foto foi obtida, com a devida vénia da página principal do sítio dedicado a Eduardo Lourenço , cuja visita recomendo.)