A Venezuela, a Europa e os EUA


A União Europeia (UE) só tem um caminho a seguir quanto à "questão Venezuelana": afastar-se do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, e da sua pandilha e travar a fundo na estratégia de esmagamento do povo venezuelano, através de repetidas e agravadas sanções.

O apelo é do antigo presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, insuspeito de simpatias bolivarianas, que tem mediado os esforços de diálogo nacional na Venezuela, onde se encontra neste domingo como observador das eleições legislativas.

O apelo faz todo o sentido quando os EUA, pela voz do ainda secretário de Estado, Mike Pompeo, pretendem fazer valer a tese, que encarraram Juan Guaidó e alguns partidos da oposição de alimentar, de que as eleições feitas nos termos constitucionais são fraudulentas.

E é feito numa altura em que o agonizante presidente cessante continua a fazer a triste figura de afirmar que ainda poderá ganhar as eleições de 3 de Novembro e de insistir que as eleições norte-americanas foram fraudulentas, quando todos os tribunais rechaçaram os recursos da sua campanha. É uma amostra eloquente da noção de democracia do Governo americano.

Alguma imprensa fala em abstenção elevada, mas a TeleSur mostrou imagens de longas filas que se mantinham após a hora oficial de encerramento das urnas nalgumas secções de voto.

   

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