Nave dos dias

Os partidos parlamentares fizeram bem em evitar a subida ao Plenário da Assembleia da República de um voto de condenação das execráveis afirmações do deputado André Ventura, que só lhe daria mais espaço e mais projecção. É preciso não cair na armadilha.  Os jornalistas também deviam reflectir um pouco mais sobre os efeitos de amplificação da mensagem e sobre até que ponto são usados. Mas receio que voltem todos a cair na próxima esparrela. O Ventura não precisa de ter assunto; baste-lhe sê-lo. 

Desde sempre que li, ouvi e penso que também escrevi que os conselhos nacionais dos partidos, ou o Comité Central, no caso do PCP, são o máximo/principal/mais importante "órgão entre congressos". Não percebo de onde vem, nem que fundamentos tem, a ideia de chamar ao Conselho Nacional do CDS-PP "uma espécie de 'parlamento' interno". Será por o CDS, tendo cinco deputados na Assembleia da República, se sente mais confortável com um "parlamento" privativo de 70 conselheiros nacionais?   

No dia em que se assinala o 75.º aniversário da libertação, pelo Exército Vermelho, do campo de concentração e extermínio nazi de Auschwitz , não pode subsistir a mais ínfima dúvida acerca dos significados da maior tragédia humana que alguma vez se abateu sobre nós.

Quase um ano depois do primeiro debate, a 8 de Março de 2019, sobre este mesmo tema, cujas intervenções estão reunidas nos Cadernos de Abril editados pela Associação Conquistas da Revolução, estamos de regresso a um assunto que ganha redobrada actualidade – e não pelas melhores razões [1] . Correndo o risco de maçar alguns, mas tendo ainda alguma esperança de contribuir para despertar de uma espécie de dormência cívica, na qual medra a indiferença pelo que vai ocorrendo em seu redor, com implicações seríssimas nas vidas de todos nós, é forçoso insistir num problema nodal para a qualidade do nosso viver comum a que gostamos de chamar democracia – o galopante défice de pluralismo informativo (e de opinião), mas também no entretenimento. O estranho caso da super-concentração da Cofina No penúltimo dia do ano transacto, a Autoridade da Concorrência (AdC) anunciou ter decidido não se opor à operação de concentração Cofina/Media Capital . Embora tenha concluído que “a entidade

O partido do minibus está reunido, com cinco candidatos em disputa pelo lugar da burguesinha do Caldas. Diz o Melo que no preparado há muito boas ideias, a ver vamos o que sai - talvez mais uma barrica de enguias do que uma caixa de ovos moles.

Um ano depois, o auto-proclamado Guaidó prossegue a sua penosa demanda, e alguns "mais de 50 países" que o "reconheceram como presidente" lá lhe alimentam a farsa. Quanto à Bolívia, caladinhos que nem ratos. .

Deambular numa cidade tem encantos algo semelhantes aos de um passeio na montanha, pontos singulares que pontuam a paisagem, nos dizem onde estamos para não nos perdermos - uma torre, como uma árvore altiva ou como uma fraga soberba. Onde quer que nos encontremos, tomamos esse azimute quase secreto, íntimo, uma atalaia de onde alguém nos avista e nos guia os passos. Também é por isso que certos edifícios são extraordinamente importantes para as cidades. #JNnaPaisagemPorto

Comparar a "ameaça iraniana" de hoje ao Holocausto nazi (1939-45), que exterminou pelo menos seis milhões de judeus (além de ciganos, homossexuais, comunistas...), como o fizeram o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ultrapassa os limites da boçalidade, da ignorância, do cinismo chocante e da obscenidade. Como é possível?! .

Rua do Almada, Porto, Janeiro de 2020

Estou a matutar, intrigado, por que razões Miguel Poiares Maduro anda tão entrevistado, tão convidado para escrever artigos e tão citado pelos media nos últimos tempos. O que virá aí?

A Comunicação Social e as Fronteiras da Democracia 25 de janeiro | 21h30 | Biblioteca de Fânzeres Oradores: Alfredo Maia e Pedro Tadeu, jornalistas, Rui Pereira, professor universitário, sendo moderador Jorge Sarabando "A Comunicação Social e as Fronteiras da Democracia" é o título do primeiro número dos Cadernos de Abril, edição recente da Associação Conquistas da Revolução (ACR), e constitui o tema de debate que se realiza na Biblioteca de Fânzeres, em 25 de janeiro, sábado, pelas 21h30. Serão intervenientes Alfredo Maia e Pedro Tadeu, jornalistas, Rui Pereira, professor universitário, sendo moderador Jorge Sarabando. Gostaríamos de contar com a sua presença e participação. O Núcleo do Porto da ACR - Associação Conquistas da Revolução

Descascando bem a cebola das "análises" e dos comentários nos media, não é difícil encontrar a camada de frustração que grassa em certa elite editorial por o Livre não representar, afinal, a alternativa à esquerda cheia de "dogmas ideológicos". .

Não nos deixemos enganar pela notícia simplista que o demitido secretário especial de Cultura, Roberto Alvim, caiu na tentação burra de apropriar um trecho(*) de um tenebroso discurso do sinistro ministro nazi da Propaganda, Joseph Goebbels, sobre a arte e cultura e nacionalismo, que internautas e jornalistas facilmente esquadrinharam numa biografia.

Agendar. Uma importante iniciativa no âmbito da campanha regional do PCP "Em defesa dos nossos rios", cujos objectivos centrais são: - Alertar para a importância da preservação e despoluição dos diversos cursos de água do distrito; - Defender a requalificação de zonas envolventes aos rios e a promoção de espaços de lazer e desporto; - Exigir do governo e das autarquias a programação de planos de recuperação, despoluição e preservação dos rios e zonas envolventes.

Decorreu hoje, no Teatro Municipal Rivoli, uma importantíssima conferência sobre descentralização e, não havia como escapar, a descentralização, intitulada "Os caminhos da descentralização", organizada pelo "Jornal de Notícias" e pela Câmara Municipal do Porto. Gostaria de deixar quatro notas breves:

Portugal – O Orçamento de Estado passou na generalidade em votação na Assembleia da República. Ao contrário do que pretenderia a direita e supõem comentadores encartados, a discussão não acabou; apenas começou.

Completando hoje 39 anos de profissão, estou a pensar no belo presente que um dia, suponho que nos idos Maio de 2006, o Júlio Roldão, um camarada que muito estimo, me ofereceu. Trata-se de uma foto captada algures, suponho que num espaço museológico da ruralidade, representando as “rendas” dos pobres, recortadas em jornais usados.

O debate da investidura parlamentar de Pedro Sánchez, que decorreu ontem e hoje no Congresso dos Deputados, confirmou que Espanha vai a caminho de uma inédita direcção histórica na sua vida política e institucional, muito complexa, difícil e pejada de riscos e até de armadilhas.