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A mostrar mensagens de março, 2020

Pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares

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No mês em que se assinalam os 70 anos do lançamento do Apelo e Estocolmo pelo fim das armas atómicas, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, em conjunto com outras organizações, lança uma nova petição "Pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares - Defender a paz é defender a vida", que convidamos todos a subscrever e a divulgar. A subscrição pode ser efetuada em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ProibirArmaNuclear Pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares Defender a paz é defender a vida As armas nucleares são uma das mais graves ameaças que pendem sobre a Humanidade. O desarmamento geral, simultâneo e controlado defendido na Constituição da República Portuguesa – e, neste âmbito, o desarmamento nuclear – constitui um importante passo para a salva

Teletrabalho: cuidado com a ratoeira!

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À força de tanta urgência e de tanta inexperiência, instalou-se e generalizou-se, até no discurso oficial e mesmo de sindicatos, a ideia de que os trabalhadores que foram colocados em casa a prestar serviço com recurso a tecnologias de informação e de comunicação (TIC) se encontram em teletrabalho. Salvo melhor entendimento, creio que seria mais ajustado falar-se em prestação de trabalho por meios remotos, num compromisso temporário imposto pelas condições sanitárias adversas e aceites tacitamente por empregadores e empregados ao seu serviço. Sucede, em boa parte dos casos, que os computadores, demais equipamentos e eventuais consumíveis, assim como os dados, são propriedade e encargo do trabalhador. Ora, se bem o entendo, o regime jurídico do teletrabalho implica, entre outros requisitos, incluindo em termos de horário de trabalho, que se convencione por escrito a propriedade dos instrumentos de trabalho, o responsável pela respectiva instalação e manutenção, bem co

O jornal de greve "JN Em Luta", em memória de Paulo F. Silva

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Exemplares do jornal de greve "JN Em Luta" e "provas de página" Sempre discreto, sereno e generoso, o Paulo F. Silva foi um activista sindical de grande eficácia, especialmente nos momentos em que era necessário dar corpo às ideias e concretizar em acções os propósitos de luta. Das lutas que travámos no JN, recordo de forma muito particular a greve de 9 e 10 de Junho de 2006, decidida pelos jornalistas para forçar a Administração da Global Notícias (controlada, desde Setembro de 2005, pela Olivedesportos) a negociar um conjunto de reivindicações de natureza salarial. Conduzida pela Direcção e pelos delegados do Sindicato dos Jornalistas, a jornada incluiu a produção de um jornal de greve - o "JN Em Luta" - pelos profissionais empenhados na paralisação. Foi uma aventura extraordinária, de verdadeiro jornalismo de combate, de causa - a nossa causa - com um propósito muito claro: explicar de viva voz aos leitores do JN que objectivos nos an

Paulo F. Silva

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Um sorriso luminoso, único, irrepetível. A foto é do grande João Paulo Coutunho, a quem peço emprestada  Quando o telefone toca e do outro lado chega um fio de voz tolhido pela comoção que começa por perguntar "estás bem?", uma súbita suspeita assoma. Estou, por quê? "Já sabes?... O Paulo Silva..." Também tu, Paulo! Também tu nos deixas, assim, atarantados nestes desorientados dias de crise, à míngua de sorrisos como os teus, daqueles que desarmavam o desânimo dos momentos difíceis e ajudavam a recomeçar - a pensar, a agir? Obrigado pelo teu exemplo de camaradagem - no jornal e no sindicalismo - e sobretudo pela enorme lição com tanta, e tanta resistência!

Impulso infantil ou fanfarronada de propaganda

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Vão muito estranhos, estes tempos. Eu suponha que, sobretudo em tempos de crise, os líderes políticos devem estar firmes nos respectivos postos, precisamente chefiando os seus partidos na contribuição para a sua resolução e na fiscalização das medidas decididas. Sem querer julgar o carácter do líder do CDS, o que parece é que ou Francisco Rodrigues dos Santos não resistiu ao impulso infantil de mostrar o sangue da guelra militar que lhe circula nas veias por ascendência castrense, ou transformou em fanfarronada de propaganda a generosidade de um voluntariado anónimo de que as Forças Armadas estavam certamente à espera. Aguarda-se, em todo o caso, o desenvolvimento da notícia.

Cofina desiste da compra da Media Capital

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Paragem de emergência A Cofina  anunciou hoje a desistência da compra do grupo Media Capital . Trata-se de uma muito boa notícia. Infelizmente, as autoridades que o deviam não se opuseram à hidra de múltiplas cabeças que representaria o grupo Cofina superconcentrado de meios de comunicação social. Foi necessário um percalço do próprio capitalismo para o evitar. Veremos entretanto o significado concreto e o alcance desta decisão.

Os adversários naturais do CDS

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Ainda a tempo, suponho, duas ou três notas sobre a pequena entrevista concedida ontem pelo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, à RTP (Telejornal) . A primeira, quanto ao anúncio de que, à maneira de ponto prévio e assinalando a seu modo o Dia Internacional da Mulher, cumpria a sua palavra ao escolher para porta-voz do partido uma mulher, numa “aposta do CDS nas mulheres com mérito e com talento”. Havendo apenas duas mulheres numa comissão executiva de 18 membros (de resto em minoria muito evidente nos órgãos nacionais ), significa que o CDS tem tão poucas mulheres “com mérito e talento”? A segunda, sobre a resposta do líder do CDS-PP, quando perguntado se receia o crescimento de partidos à sua direita, esclarecendo (cerca das 20:45) que o “preocupa muito mais o crescimento à esquerda”. “Os nossos adversários situam-se do Partido Socialista para a sua esquerda”, precisou. Quanto ao mais, “não estou preocupado com nenhum dos outros fenómenos”.

O JN e a Trindade, confrades da comunicação

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Passando hoje 32 anos sobre o meu primeiro dia de trabalho no “Jornal de Notícias”, estou a pensar que aquelas a que hoje chamamos “velhas instalações” do JN, construídas de raiz para o jornal (as segundas no Porto, depois das de “O Comércio do Porto”), tinham sido inauguradas havia “apenas” 18 anos. Por outras palavras, a “torre do JN” domina a “baixa do Porto” há já cinco décadas. É um fósforo na história da cidade, é muito na vida de uma pessoa. Mas tem um peso institucional (do tempo em que as instituições da cidade tinham vida e influência…) e um significado muito grandes na memória do Porto, tanto no tecido cultural como na paisagem urbana. Em redor da torre cinquentenária, a paisagem transformou-se, nalguns pontos quase radicalmente, mas nem em todos os casos funcionalmente. Veja-se o caso da estação da Trindade, que nesta imagem, dissimulada por um pano de árvores, quase a oculta. De gare terminal do caminho-de-ferro em via estreita (linhas de Guimarães e Póvoa