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A mostrar mensagens de setembro, 2021

Porto. Da cidade transmutante

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Em dia de reflexão

Amanhã não é dia para jogos de sorte; é dia de tomar decisões conscientes e decisivas.

Notas de campanha (10)

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1. Na primeira acção do último dia de campanha, estivemos novamente com trabalhadores, desta vez das Oficinas Gerais da Câmara Municipal. A CDU é a única candidatura que tem medidas e compromissos específicos dirigidos aos trabalhadores. 2. A campanha CDU continuou na Maia real, com passagem pelo Bairro de Oliveira Braga, onde encontrei uma inimaginável pobreza. 3. Ainda tenho na cabeça uma cena de há dias: uma mulher aproximou-se de nós, pedindo, com enorme humildade, que lhe arranjássemos mais um caderno. Tem dois filhos, uma certa candidatura só lhe dera um. Estou a matutar no significado deste torneio de brindes (lapiseiras, cadernos, bonés...) para os pobres e remediados. 4. No penúltimo dia da campanha eleitoral - verifiquei hoje - a Câmara Municipal colocou uma placa de adjudicação da obra de requalificação e alargamento da passagem superior à linha ferroviária, conhecida por ponte de Brás Oleiro, em Águas Santas, que o PCP e a CDU reivindicam há muitos anos. Não há coincidência

Encerramento de campanha

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Notas de campanha (9)

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1. Esta é uma variante da repressão machista do simples acto de aceitar propaganda política. A cena passa-se à saída de uma fábrica. O casal segue num automóvel, transpondo o portão (ele tinha ido buscá-la). Do lado do condutor, um camarada oferece-lhe um dos documentos, mas o homem rejeita-o num gesto brusco. A mulher baixa o vidro para pedir um desdobrável. No momento em que lho estendo, ele acelera a fundo, frustrando à companheira o direito à informação. 2. "Não voto para a Câmara, porque não nos resolvem o problema da ponte!", esbraceja a mulher. Procuramos explicar-lhe que vale a pena votar na CDU, que temos levado o caso à Assembleia Municipal, mas precisamos de ter mais força. Ela desconfia. Custa-lhe crer que conheçamos sequer o problema. Pisão, em Ardegães, freguesia de Águas Santas, é um lugar esconso que não consta no mapa da Maia do "desenvolvimento harmonioso" que só existe no imaginário do presidente cessante. Há uns cinco anos que a ponte centenária

Prioridades da CDU para a Maia

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  O que expliquei no jornal "Maia Hoje" sobre o trabalho da CDU e as suas propostas prioritárias para o próximo mandato.

Uma campanha em construção

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Um colectivo com ideais e determinação

Notas de campanha (8)

1. "Eu não sou do vosso partido, mas acho que fazem lá falta", opina um senhor que nos interpela na rua. Então não tem que enganar - é logo o primeiro do boletim. "Eu sei, eu conheço bem", afiança. "Desta vez vou confiar em vocês". 2. Num café de Vila Nova da Telha - e já não é o primeiro - , o dono faz questão que coloquemos os documentos de campanha numa mesa da entrada, onde estão disponíveis os de outras candidaturas. "É para toda a gente poder escolher!" 3. Uma operária à saída da fábrica carregando um enorme saco com caixas de cartão usadas dobradas. Uma colega brinca: "andas a roubar o patrão..." E ela, de resposta pronta: "Eu roubo-lhe agora uns cartões e ele rouba-me uma vida inteira". 4. Num bairro, uma mulher diz: "Este até é o meu partido, mas não voto nele porque fico sem o cabaz de Natal..."

A moda dos baloiços desceu dos montes e aterrou no terreiro da Câmara da Maia

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Notas de campanha (7)

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1. Arrimada a uma bengala, a velhota observava com atenção as manobras do carteiro, de aproximação milimétrica às caixas do correio e a destreza e rapidez com que depositava as cartas sem apear-se da motoreta. "O que vós precisais é de uma coisa destas, para andar mais depressa", comentou, provavelmente com pena pela estafa da nossa caminhada a distribuir a propaganda. Mas se calhar não poderíamos parar a conversar com as pessoas... "Pois não! E a gente precisa de falar sobre as coisas", concordou, com os panfletos firmes na outra mão. "Logo, com o meu filho e os meus netos, vamos ver bem isto". 2. Afiança o camarada que conhece bem a zona: "Fulano tem isto controlado, é tudo a votar no XX". Ninguém muda? E convoca para a conversa um velho conhecido entretido a limpar o quintal. "Este ano, como vai ser?!", interpela. E o outro: "Já sabes que fui sempre do XX..." Está bem, mas este ano?! E o amigo: "Bem, desta vez... Olhem

Notas de campanha (6)

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1. Já vos dei nota da simpatia com que temos sido recebidos pela Maia real. Há gestos que marcam. Ainda neste domingo, em S. Pedro Fins, onde o nosso contacto com a população foi bem acolhido, um senhor fez questão de parar o carro e pedir o nosso documento. 2. Mas há também os exigentes - e bem. Estávamos a comentar o estado das caldeiras e das raízes das árvores que deveriam ornamentar certa rua, quando um homem que a descia lançou o desafio: "Se ganharem, quero ver o que fazem para resolver isto". E desfiou um rosário de queixas, outras piores, sobre os espaços públicos muito pouco amigos dos peões e das pessoas de mobilidade reduzida: adiante, na rua principal, já não bastava o passeio muito estreito, foi preciso cravejarem-no de "bolas" para impedir o estacionamento sobre o passeio (na foto). Se a ideia era facilitar a vida aos peões, é caso para dizer que foi bem pior a emenda que o soneto. 3. Em Silva Escura, um grupo de jovens prepara-se para entrar numa ca

Notas de campanha (5)

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1. O dia de campanha de ontem começou em Vilar de Luz, freguesia de Folgosa, que fica nos confins da Maia - a tal Maia do desenvolvimento harmonioso de que tanto gosta de falar o presidente cessante da Câmara, mas onde ainda há "ruas" como a que a foto ilustra. 2. Momento significativo do dia: a manifestação de apoio à candidatura CDU por parte da Dr.ª Carla Dias, até há pouco destacada dirigente do Partido Socialista e eleita na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia de Folgosa. Tudo farei para honrar o seu voto, além do mais vindo de uma deputada municipal cujas intervenções serenas e informadas respeitei. 3. A jornada terminou com uma bela e animada arruada que uniu as freguesias de Pedrouços e de Águas Santas. A chegada à praça da urbanização da Quinta da Caverneira, onde decorreu uma intervenção pública e um convívio, não deixou de despertar a atenção e a curiosidade da vizinhança, fosse pela novidade do acontecimento, fosse pelo ecoar das palavras de ordem

Uma magnífica arruada

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Notas de campanha (4)

1. O homem, ar desgastado pela idade e pelo trabalho, perscrutava com insistência a abertura da sacola de supermercado que aguardava sobre o banco de jardim o início da distribuição dos documentos de campanha no acesso à feira da Santana. Um molhe de bandeiras enroladas denunciava a natureza do material. E ele ia esticando o pescoço, à procura de algo. Aproximei-me e preparei-me para oferecer-lhe um dos desdobráveis. "Não tem umas canetas?" Que não, mas gostava de oferecer-lhe o documento com as nossas propostas. Ele declinou. "Precisava de umas canetas, não tem?", insistiu. "Era para os meus netos, vão para a escola", esclareceu. "Perguntar não ofende, pois não?". 2. Era a manhã das canetas e dos brindes. Páginas tantas, chegou uma vasta comitiva de outra candidatura e entrou pela feira dentro carregada de material de campanha. Não tardou que começassem a sair do recinto clientes satisfeitos com esferográficas, blocos e sacos vistosos com o símb

Notas de campanha (3)

1. Há quem subestime e, pior, desdenhe das acções de campanha eleitoral nas feiras. Talvez seja um misto de elitismo e de consequência da forma tantas vezes caricatural como a comunicação social "trata" esta forma de contacto com os cidadãos. Talvez devam estar um pouco mais atentos ao que este "habitat" singular representa. Nele "vivem" os eleitores do nosso círculo - em geral os compradores -, aos quais dirigimos os nossos compromissos, cujos anseios podemos escutar e sobre cujas condições de vida tomamos decisões. Também lá estão, é certo, os feirantes, as mais das vezes eleitores em concelhos e até distritos distintos. Pois também a eles devemos dirigir o nosso esforço e entregar os nossos documentos, pois, sempre que tomamos decisões sobre feiras e mercados é também dos direitos e interesses deles que tratamos. Ocorreu-me isto, na manhã desta quinta-feira, na feira de Pedras Rubras (Moreira), ao encontrar-me pela enésima vez com um feirante que já con

Notas de campanha (2)

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1. O casal aproxima-se da “brigada” de distribuição de propaganda. Ele, carrancudo; ela, com ar simpático. Estendo o documento na sua direcção. Ele recusa-o com um gesto agreste e imperativo. “Não!”, vinca, voz brusca. Ela suspende o passo, estende a mão bem aberta. “Por favor, eu aceito”, disse, voz firme sem alterar o tom claro. Ele rosnou qualquer coisa que me pareceu ser algo como “não devias aceitar” e foi a ruminar pelo passeio fora. Infelizmente, a cena não é nada nova e já narrei semelhantes em notas de outras campanhas. Mas a voz desta mulher soou-me mais límpida e mais decidida do que outras que ouvi antes. Isto vai! 2. Para dizer a verdade, a maior parte das pessoas que abordamos nas ruas, nas lojas e nos cafés acolhe-nos em geral com simpatia e deixa-nos quase sempre com uma palavra amável. Ainda hoje um senhor me disse ter-me visto no debate do Porto Canal e ter gostado do que me ouviu. “Gostei do que propõe, vamos a ver se consegue, mas gostava de desejar-lhe muito boa so

Notas de campanha (1)

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1. Começou a última etapa. A campanha oficial traz mais colorido à ruas, com diversas candidaturas a disputar a preferência, mas sobretudo a atenção, dos transeuntes. Em Pedrouços, uma mulher atravessa a rua com um pequeno panfleto dobrado numa mão e declina a oferta do documento CDU. "Já tenho", desculpa-se. "Mas não é mesmo!", atalha o camarada. "Ah! Pois não. E tem mais propostas…", reconheceu. E seguiu, levando o documento com as principais medidas e compromissos da CDU. Acompanhei-a à distância com o olhar e testemunhei como o ia lendo com atenção. 2. Uma mulher acaba de armar calmamente o suporte da scooter, arruma o capacete na pequena bagageira e vai retirando os sacos para as compras enquanto adverte: "Só aceito os vossos papéis com uma condição: se me disserem como vão resolver o problema do lavadouro de Teibas!" Não é uma exigência gratuita. Em pleno século XXI, os lavadouros públicos continuam a ser equipamentos muito importantes em

Notas de (pré)campanha (3)

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1. Todas as lutas são boas, por muito que, por vezes, os resultados tardem ou pareçam longe dos objectivos pretendidos. Mas são especialmente gratificantes quando reconhecem o esforço e o empenho deste colectivo. Hoje, no Mercado Municipal do Castêlo da Maia, sentimo-lo com um significado profundo, quando feirantes e clientes mostraram conhecer - e reconhecer - bem a luta que temos travado em defesa deste equipamento que a maioria PSD/CDS, apoiada pela coligação PS/JPP querem entregar a privados. 2. Não sei se acontece com outras forças, mas muitos dos idosos que abordamos, ou que nos abordam, desabafam com frequência sobre as agruras que passam para que lhes seja feita justiça na reforma e escutam as indicações dos militantes mais informados sobre o tema. Sabem em quem podem confiar. 3. Um homem espera-nos ao longe, estacado. Tem um fito. "Quero a propaganda da CDU!". Palavra puxa palavra, fala-nos da sua vida e das suas esperanças, do que já testemunhou que o PCP fez e do f

Paisagem revolucionária vista do Metro

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  Há lá mural mais bonito!

Notas de (pré)campanha (2)

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1. Alguns amigos perguntam-me, amiúde, da utilidade de calcorrear, com certa frequência, ruas, becos e bairros em contacto com a população. Na CDU, encontramos a resposta quando somos genuinamente bem recebidos nas alturas de campanha eleitoral. As pessoas sabem que não somos estranhos e que levamos os seus problemas aos órgãos para os quais fomos eleitos. 2. Num bairro, um jovem disparou as suas críticas e fez reparos, uns menos certeiros e mais injustos que outros, primeiro com certa desconfiança, depois com um olhar franco. E, para que tudo ficasse claro como deve ser, esclareceu: "Eu voto sempre. Se não votar, não posso reclamar". 3. Um velhote abre o desdobrável do nosso programa eleitoral e lança a "provocação": "então não vem aqui no meio uma lembrança?" De entre a comitiva CDU, um camarada responde de pronto: "Boa lembrança terá de nós e do nosso trabalho quando nos julgar daqui a quatro anos". Ele riu com franqueza e prometeu ler e guard

Notas de (pré)campanha (1)

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1. Não é o primeiro dia da chamada pré-campanha e já levámos semanas de contacto com as populações prestando contas do trabalho realizado na Assembleia Municipal nestes quatro anos, bem como de reuniões com diversas instituições para apuramento dos seus problemas e de sessões de apresentação de candidatos às freguesias. Mas o primeiro dia de distribuição do documento com as principais medidas e compromissos é uma espécie de momento inaugural da fase que tudo decide. É ele próprio que sela um renovado compromisso com os cidadãos. "Oxalá consigam fazer isto!", ouvimos ao longo do dia. 2. É muito gratificante vermos reconhecidos o trabalho realizado, as propostas apresentadas e a coerência da intervenção nos mais diversos espaços. "Isto tem de mudar! Desta vez, acho que vou votar nos senhores." 3. Fiquei impressionado com número de cidadãos que fez referências ao debate de há oito dias, no Porto Canal, entre candidatos à Câmara da Maia. É elogioso para a estação de tel

Em contacto com a população da Maia

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  Em acções de contacto directo com as populações, a CDU começou hoje a divulgar as principais propostas para o Município da Maia a sufragar nas urnas no próximo dia 26.  

Cravos de Abril para Jorge Sampaio (e Maria José Ritta)

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Esta fotografia tem 22 anos. Possuo outras com mais "estatuto", recebido pelo Presidente Jorge Sampaio no Palácio de Belém. Esta, porém, diz-me muito mais. Foi na inauguração da histórica exposição de fotografias do 25 de Abril no Porto (fotos de Pereira de Sousa, Bruno Neves e Ricardo Pereira), por ocasião do 25.º aniversário da Revolução, organizada pelo Sindicato dos Jornalistas no Museu Militar do Porto (antiga delegação da PIDE-DGS). Esta fotografia, dizia, diz-me muito mais sobre o que Jorge Sampaio representou para os democratas e para o diálogo à Esquerda que outros - antes, durante e depois dele - não quiseram ou não aceitaram. Guardo dele e das diversas conversas que mantivemos sobre o estado, as condições, o papel e o futuro do Jornalismo e da Comunicação Social, uma grata memória. A minha modesta homenagem.

Pelo regresso dos passageiros às linhas de Leixoes

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A reposição do transporte de passageiros noa ramais ferroviários de Leixões é uma necessidade urgente e uma tarefa fundamental. A CDU reafirma-a entre os objectivos centrais da sua candidatura na Maia. Hoje, tive o privilégio de fazer uma intervenção sobre este importante compromisso, na companhia do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Fotos: créditos PCP

Pelo serviço de passageiros nas linhas de Leixões

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 Agenda.

Um cervo não é um servo

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  Vila Nova de Cerveira

"Bilhete" para uma Terra Sem Amos

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