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A mostrar mensagens de 2021

Um 2022 de esperança, mas com luta

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Observo a vizinhança. Adivinha-se um bulício perfumado nas cozinhas e nas salas. Uvas-passas e romãs aguardam as doze badaladas de um novo ano. Há-de ser de esperança. Mas não há esperança sem esforço nem vitória sem luta. 2022 não será apenas um ano novo; vai colocar-nos à prova. Tenhamos convicção, firmeza e vontade. Bom ano!

Ucrânia: um poder de fogo em risco de descontrolo

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Marta Yuzkiv no seu batalhão (foto, com a devida vénia: Anton Skyba/BuzzFeed News)   A Ucrânia está a brincar com o fogo, tendo em curso uma campanha de mobilização de 80 mil a 100 mil voluntários civis que estão a ser treinados por elementos das forças regulares e também por grupos paramilitares privados – com ligações neonazis – para constituírem as “Forças de Defesa Territorial” e defenderem “a pátria” de uma “invasão russa”, que a propaganda ocidental continua a assegurar estar próxima. Em Janeiro, ou Fevereiro… Para dar força e obter uma espécie de legitimação internacional para o seu programa de militarização da sociedade e de ódio nacionalista anti-russo, lançou, nos últimos dias, uma intensa campanha de propaganda à escala planetária, organizando “coberturas jornalísticas” de importantes meios de informação internacionais a campos de treino nos arredores da capital, Kiev. Uma evidência do carácter organizado dessas coberturas está no facto, por exemplo, de uma exaltada médica,

Imperativos de desenvolvimento económico

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O que é que a manchete de hoje do Jornal de Notícias – “Maioria dos salários perde poder de compra em 2022 – tem a ver com o acontecimento decisivo agendado para o próximo dia 30 de janeiro? De que modo os efeitos da inflação (que “tira metade da subida da remuneração mínima”) e o aumento dos preços dos alimentos têm relação com as eleições antecipadas para a Assembleia da República? Está tudo ligado. Tudo está ligado à falta de respostas para os reais problemas do país que António Costa e o PS não quiseram dar nem viabilizar. E está ligado à urgência na alteração da composição da Assembleia da República, que reforce a representação de quem defende de facto políticas de desenvolvimento económico, com mais produção nacional, mais emprego e melhores salários, viabilidade das micro, pequenas e médias empresas (MPME) e mais produtividade, com justiça social e sustentabilidade ambiental. Ao apresentar-se às eleições legislativas do próximo dia 30 de Janeiro, no âmbito da CDU – Coligaçã

Pecados privados da Santa Casa no Hospital da Cruz Vermelha

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Há dias, por ocasião de uma justa greve dos trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha (HCV), em defesa do seu Acordo de Empresa (AE), chocou-me a justificação dada pelo Conselho de Administração para a denúncia desse instrumento de regulamentação colectiva de trabalho (IRCT), com a consequente caducidade. Segundo foi amplamente noticiado, citando o respectivo comunicado, a Administração explicou que “a caducidade do AE visou, desde a primeira hora, colocar o HCV no mesmo patamar da hospitalização privada, sem se encontrar sujeito a uma contratação colectiva claramente desusada e desajustada da realidade do mercado”. “No mesmo patamar da hospitalização privada”??!! Com que então, um hospital que está háum ano sob o controlo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (ver também aqui ), instituição que se reclama do terceiro sector, ou sector social, solidário, não lucrativo, pretende colocar-se “no mesmo patamar da hospitalização privada”? O que distingue então a STML das cufes , dos

Debates televisivos: o poder definitivo de influenciar as massas

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Os operadores de televisão, incluindo o de serviço público, isto é, a RTP, possuem o enorme poder de decidir quem e em que condições acede ao "privilégio" de apresentar e discutir os seus pontos de vista. Tal poder é especialmente sensível - e mais decisivo! - quando está em causa a difusão de mensagens e de debate de conteúdos políticos destinada às grandes massas, sabendo-se quão minguados estão hoje os níveis de leitura de jornais.  Tal poder é ainda mais sensível em períodos como este, em que se espera os partidos e coligações concorrentes às eleições legislativas do próximo dia 30 exponham o que propõem e se submetam ao escrutínio e à discussão das suas propostas, mas também que os meios de informação cumpram o seu reconhecido papel de informação e de esclarecimento. Os três operadores anunciaram recentemente um acordo sobre a realização de um amplo conjunto de debates que justifica críticas, como as que o PCP acaba de fazer: PCP rejeita discriminações na organização d

Uma oportunidade à Educação, à Ciência, à Cultura e ao Desporto

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Conheço um dirigente político que puxa da calculadora sempre que ouve falar de cultura. Diz que a coisa não pode custar dinheiro. E há quem se desculpe ser caro e ser dispensável tornar este país um país de doutores e engenheiros. É o discurso recorrente de quem alimenta a herança de um país atrasado e pobre – material, científica e culturalmente. Mas há também quem mantenha na ordem do dia o imperativo nacional serviço público na Educação, do Ensino Superior Público, da Ciência, da Cultura e do Desporto, como factores de acesso democrático e generalizado a mais elevados graus de conhecimento e o desenvolvimento de todas as potencialidades do ser humano, elemento fundamental para o nosso progresso individual e coletivo. Eis as propostas que o PCP apresenta: Cultura Atribuir pelo menos 1% do Orçamento do Estado para a Cultura e criar um Serviço Público de Cultura. Erradicar a precariedade e estabelecer mecanismos eficazes de acesso às prestações sociais e a uma carreira contributiva est

Creches para todos: um direito e não um negócio

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São cada vez mais indiscutíveis os benefícios do acesso das crianças aos meios de formação integral da sua personalidade, entre os quais se incluem as creches. Mais do que a mera guarda, sem dúvida importante como apoio às famílias, trata-se de um direito hoje essencial e que tem de estar ao alcance de todos. Nessa direcção, há boas notícias. As crianças que entrarem para o primeiro ano de creche em Setembro do próximo ano terão direito à sua frequência gratuita, graças a uma medida aprovada na Assembleia da República por proposta do Partido Comunista Português (PCP). Trata-se de mais um avanço. Nos dois últimos anos, também por proposta do PCP, as crianças do primeiro e segundo escalões já tinham passado a ter direito a creche gratuita. Muitas famílias com baixos rendimentos puderam já aliviar o seu orçamento mensal, com reduções na despesa que podem ultrapassar os 150 euros, mas seria bem possível garantir a todas as crianças este apoio. No entanto, o PS e o PSD impuseram o faseament

Reformas: Não, a culpa do não aumento em Janeiro não é do PCP nem da CDU!

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A cena passou-se, na manhã de hoje, numa acção da CDU de contacto com a população, no âmbito da preparação das eleições legislativas de 30 de Janeiro próximo. Um senhor idoso rejeita com veemência o documento que lhe ofereço. “Não tendes vergonha de andar a distribuir isto?!” Respondo que, pelo contrário, temos muito orgulho. O homem aponta a capa do desdobrável e abespinha-se: “Foi por causa destes que deixei de ganhar dez euros a partir de janeiro!”. À força de tão repetida, esta mentira tem feito o seu caminho, especialmente entre os menos informados, pela mãozinha perniciosa que vai manipulando a comunicação política e também alguma da comunicação social. Como o PCP tem procurado esclarecer, não é verdade que, em consequência da não aprovação do Orçamento do Estado para 2022 (aprovação essa que o PS não quis), já não é possível aumentar as pensões em Janeiro. Assim como é certo que nada impede que o aumento se concretize nesse prazo. É preciso esclarecer , agora e mais uma vez e t

Luís Marques Mendes, o discreto tabloidismo

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  Uma das características do jornalismo tabloide é a simulação de novidade quando realmente a notícia já não passa de um segredo de polichinelo, ou seja, quando recorrer a certos artifícios para apresentar como novo – como notícia fresca, como cacha – aquilo que já outros anunciaram. Ocorre-me frequentemente isso, sobretudo quando me dou à pachorra de ouvir o comentador residente dos serões dominicais da SIC, dando-me conta de que, com frequência – passe a redundância –, a sensação de “novidade” nele coincide com a falta de atenção nomeadamente ao Expresso da véspera e/ou de notícias do dia. Quando Marques Mendes “avançou” ontem, com catedrática veemência, que "Francisco Assis não será candidato adeputado ", como se fosse novidade sua, poderia o próprio – ou a pivô, se o comentador não estivesse para aí virado – ter honestamente acrescentado que o lera já, nomeadamente na edição em linha do Jornal de Notícias .

A RTP e o caso Rendeiro: o ridículo também mata o Serviço Público de Televisão

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  A detenção e a provável extradição do ex-banqueiro João Rendeiro continuam hoje a alimentar em copiosa torrente o caudal noticioso, designadamente dos canais de televisão, as mais das vezes em volumes e opções “editoriais” muito discutíveis, a começar pelo operador de Serviço Público. No “Jornal da Tarde” de hoje, a RTP não só manteve o assunto como principal matéria noticiosa, com meia hora dedicada na abertura (e não haveria notícia mais importante?), mas também foi ao ridículo de colocar enviados especiais em Durban, para “perceber” como reagia a comunidade portuguesa na África do Sul à ocorrência. O ridículo é mais grave porque, além de ser discutível o interesse noticioso da coisa, a RTP nem sequer cuidou de fazer uma recolha e uma avaliação prévias de informações sobre uma eventual “reacção”, no sentido de aferir da sua importância e da sua pertinência noticiosa, isto é, se haveria realmente notícia. De facto, pôs no ar, em directo, via Skype, a equipa a fazer perguntas n

O mandatário e a lista completa da CDU no distrito do Porto

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Já está francamente em marcha a jornada destinada a alterar de forma decisiva, no próximo dia 30 de janeiro de 2022, a correlação de forças na Assembleia da República, de modo a dar mais força - traduzida em mais votos e mais eleitos - aos grupos parlamentares do Partido Comunista Português (PCP) e do Ecologista Ecologista "Os Verdes" (PEV), os dois partidos que compõem a Coligação Democrática Unitária (CDU), um projecto realmente unitário no qual convergem a associação cívica Intervenção Democrática (ID) e inúmeros independentes. Hoje mesmo foram divulgados os nomes do mandatário distrital do Porto e de todos os 45 candidatos efectivos no mesmo círculo eleitoral. Quem é o mandatário da CDU no círculo eleittoral do Porto Jorge Machado tem 45 anos e é advogado, exercendo actividade essencialmente na área do direito do trabalho.  Entre 2005 a 2019 foi deputado do PCP na Assembleia da República, eleito pelo distrito do Porto. Durante mais de uma década acompanhou a Comiss

Fronteira russo-ucraniana: cheiro a pólvora nos media

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A "invasão" da Ucrânia pela Rússia já esteve agendada nos jornais há uma semana. Agora, perspectiva-se para o início de 2022. Tudo segundo fontes dos serviços secretos norte-americanos - quem haveria de ser?! Os media andam tão entusiasmados com o cheiro a pólvora que guardam escassa, para não dizer nula, distância em relação às mesmíssimas fontes que juravam a pés juntos ter provas irrefutáveis de que Saddam Hussein possuía um tenebroso arsenal de armas químicas e biológicas de destruição em massa para justificar as operações de invasão, derrube do Governo e ocupação do Iraque, em 2003. A excitação é tão grande que a ênfase colocada na concentração de forças russas junto à fronteira com a Ucrânia é proporcional ao silêncio, ou pelo menos à desvalorização, em relação à crescente e ameaçadora escalada militarizadora do chamado flanco Leste da Europa pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). Não, não é uma questão artificial de falsas equival

"Apartheid" de viagens

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Foto: ONU/Evan Schneider O secretário-geral das Nações Unidas e o presidente da comissão da União Africana adjectivaram da única forma possível - "'apartheid' de viagens" - a imposição do confinamento aéreo à África do Sul e a outros países da África Austral, por causa da variante ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de covid-19. A alusão explícita de António Guterres e de  Moussa Faki Mahamat ao regime segregacionista (de "desenvolvimento separado") imposto durante décadas pela minoria branca ao povo sul-africano traduz de forma tão crua quanto real a violência da hegemonia dos países ricos e as profundas desigualdades no acesso a bens tão vitais como as vacinas para travar a pandemia: apenas 7% da população do continente africano está vacinada. Não há apelo às consciências que trave o egoísmo, nem a evidência de que nenhum país é uma ilha que convença da gritante urgência da vacinação em massa como única forma de conter esta sucessã

Urgente travar a militarização do flanco Leste e a escalada na retórica belicista

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Foto: Sputnik / Ildus Gilyazutdinov A escalada de provocações belicistas dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em Inglês) contra a Federação Russa conheceu, nas últimas semanas, uma intensidade rara, após anos de incremento da militarização do chamado flanco Leste da Europa, isto é, ao longo da fronteira com a Rússia, com a insistência de “rumores” segundo os quais a Ucrânia estaria em vias de ser invadida. A “intentona” foi ao cúmulo de o governo fascista ucraniano ter “previsto” para hoje um “golpe de estado”, pretendendo pré-anunciar um atentado à sua soberania, numa retórica nada alheia ao facto de ter decorrido em Riga, na Letónia, uma reunião do Conselho do Atlântico Norte (órgão da NATO), ao nível de ministros dos Negócios Estrangeiros, dedicada precisamente dedicada à “situação” na fronteira russo-ucraniana. Por expectável “coincidência”, a Ucrânia voltou a insistir no seu pedido de adesão ao bloco militar e a reclamar todo o apoi

A variante ómicron e a face do capitalismo

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Foto: WHO/Blink Media - Hannah Reys Morales A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o elevado risco de propagação global da variante ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de covid-19, pedindo aos países que estejam preparados para as consequências, embora reconheça as “incertezas consideráveis” quanto ao grau de transmissibilidade da nova estirpe. Por muito que a OMS e muitos peritos se esforcem em pedir tranquilidade às populações – é necessário evitar o alarmismo – e em procurar mobilizar a atenção e os esforços das autoridades sanitárias, é evidente que a catadupa de notícias sobre a elevada mutação da nova variante e o “alastramento” de casos pelo Mundo gera justificada preocupação. A própria OMS admite que futuras novas vagas de covid-19 poderão ter consequências graves, ao mesmo tempo que assegura que, “apesar das incertezas, é razoável supor que as vacinas disponíveis oferecem certa protecção contra a doença grave e a morte”. Por outras pal

Agenda | Sessão pública evoca Fuga de Caxias há 60 anos

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O Partido Comunista Português (PCP) promove, no próximo dia 4 de Dezembro, pelas 16 horas, na Casa do Alentejo, uma sessão pública destinada a assinalar os 60 anos da Fuga de Caxias, uma das mais audaciosas e espectaculares evasões coletivas, envolvendo oito dirigentes e destacados militantes comunistas das masmorras do fascismo. Realizada no âmbito das comemorações do Centenário do PCP, a sessão conta com a presença de Domingos Abrantes, um dos participantes na fuga, a 4 de Dezembro de 1961, com Francisco Miguel, José Magro e Guilherme Costa Carvalho, do Comité Central, e os militantes destacados António Gervásio, Ilídio Esteves, António Tereso e Rolando Verdial.  A acompanhar a iniciativa, que também conta a actuação do Coro Lopes Graça, estará patente ao público, no pátio neo-árabe da Casa do Alentejo, uma exposição com descrição detalhada dos momentos da evasão, que foi minuciosamente preparada, tendo sido usado o carro blindado da PIDE ao serviço de Salazar, com o qual investiram

Cenas da campanha promocional da CNN Portugal

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A CNN Portugal estreou ontem à noite, com muito frenesim, excitação,  glamour  forçado e ares de novidade - que o é, de algum modo, sobretudo no que tange à mistura entre os "estilos" CNN e TVI, sem que se perceba para já se dali vai sair algo de verdadeiramente inovador, criativo, imaginativo, rigoroso e de qualidade.  Não assisti ao lançamento/abertura oficial, pelas 21 horas, por estava na rua em deslocação para um compromisso. Por bizarra coincidência, cruzei-me com propaganda ao chegoso, perdão, à CNN, numa paragem de autocarro. Algum marqueteiro explica a coisa que a foto mostra?

Do "Diário da Manhã" há 76 anos: subsídios para a história da batalha ideológica

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Há 76 anos, a 16 de Novembro de 1945, publicava o Diário da Manhã - Órgão da União Nacional - um expressivo suplemento suplemento de propaganda contra "as oposições", destilando, da primeira à última linha, um ódio visceral contra qualquer ideia de insubmissão ou revolta.  Era o "Ano XX da Revolução Nacional", como orgulhosamente assinalava, nesse ano, o órgão de imprensa fascista, e a Europa estava já praticamente liberta do terror nazi-fascista, mas as fileiras do fascismo cerravam-se contra o "inimigo" comunista em Portugal e Espanha e jornais como o  Diário da Manhã cumpriam fervorosamente a sua missão de propaganda, de incansável arauto da ideologia e de culto do chefe. Entre as diversas citações panegíricas em louvor de Salazar e visando construir uma narrativa que em nada condizia com a realidade de miséria, atraso e repressão, anote-se esta, do papa Pio XII: "O Senhor deu à Nação Portuguesa um Chefe de Governo que tem sabido conauistar não só

“Expresso”, liberdade para manipular

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O slogan promocional que encima, à esquerda, o saco-contentor do semanário Expresso e é o mote do formato televisivo da mesma campanha que o Grupo Impresa – “Expresso Liberdade para pensar.” – dá muito que pensar, sobretudo quando olhamos o rol de chamadas de primeira página. Na edição de hoje, a manchete volta à carga com a narrativa do “afundamento” eleitoral do Partido Comunista Português (PCP) e com a teoria do castigo infligido pelo eleitorado da CDU, por um lado, ao mesmo tempo que alimenta uma pretensa relação entre estes dois presumíveis “factos” e a subida do Chega!. “Crise política favorece Chega e prejudica PCP”, titula o jornal, apresentando os resultados de uma sondagem Expresso -SIC como fotografia do “impacto instantâneo da crise política” aparentemente espoletada pelo voto do PCP contra a proposta de Lei do Orçamento do Estado. Na página 12, o título insiste na mesma tese do castigo à coligação unitária e do alegado benefício que dele extrairá a extrema-direit