Imperativos de desenvolvimento económico


O que é que a manchete de hoje do Jornal de Notícias – “Maioria dos salários perde poder de compra em 2022 – tem a ver com o acontecimento decisivo agendado para o próximo dia 30 de janeiro? De que modo os efeitos da inflação (que “tira metade da subida da remuneração mínima”) e o aumento dos preços dos alimentos têm relação com as eleições antecipadas para a Assembleia da República? Está tudo ligado.

Tudo está ligado à falta de respostas para os reais problemas do país que António Costa e o PS não quiseram dar nem viabilizar. E está ligado à urgência na alteração da composição da Assembleia da República, que reforce a representação de quem defende de facto políticas de desenvolvimento económico, com mais produção nacional, mais emprego e melhores salários, viabilidade das micro, pequenas e médias empresas (MPME) e mais produtividade, com justiça social e sustentabilidade ambiental.

Ao apresentar-se às eleições legislativas do próximo dia 30 de Janeiro, no âmbito da CDU – Coligação Democrática Unitária, o Partido Comunista Português (PCP) coloca à consideração dos portugueses propostas claras e um compromisso firme.

No plano do desenvolvimento económico, o PCP defende designadamente a necessidade de:

  • Assegurar o crescimento do investimento público em 5% do PIB ao ano;
  • Avançar com a reindustrialização, investir na produção nacional designadamente de alimentos, medicamentos e meios de transporte, aumentar o emprego e defender as MPME;
  • Promover uma efectiva regulação da concorrência, para eliminar os abusos monopolistas e travar a evasão de muitos milhões de euros para o estrangeiro;
  • Assegurar o desempenho presente e futuro de empresas estratégicas para o País, com destaque o desenvolvimento da TAP, a recuperação do controlo público dos CTT, a reconstituição de um operador público de telecomunicações, a reversão de processos como o da refinaria de Matosinhos, o desenvolvimento da EFACEC – entretanto nacionalizada – enquanto empresa pública; e
  • A adopção de um Plano Energético Nacional, a redução dos preços da energia, o acesso da população a este bem e a competitividade da economia.


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