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A mostrar mensagens de fevereiro, 2024

Notas de campanha (5)

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1. A chuva amainou e o céu abriu-se em sorrisos solares intermitentes, mas o vento sopra forte e frio. Nas ruas de Gondomar, rareiam as pessoas e todas as oportunidades de contacto são importantes. Repete-se a simpatia. “Fico com o papel, vou ler sim senhor, mas é o meu partido, sempre votei no PCP e na CDU!” A mulher tem um ar sincero, confiável. “Ah! E continuem a lutar pelos salários, contra a precariedade, pelos horários certos!” Sabemos que contamos! Agora vamos ao caso do homem que se recenseou “em 1974 e nunca” votou. Isto diz com uma auto-satisfação triunfante que desconcerta. Mas então alguém tem andado a decidir por si a sua vida… “Não interessa, não quero saber…” Então vamos cá ver o que gostaria de melhorar agora. E ele fala da reforma – “foi um aumento de miséria!” Pois veja, nós defendemos um aumento nas pensões e reformas em pelo menos 7,5%, no mínimo de 70 euros; não acha que valia a pena ajudar-nos a melhorar a sua reforma? “Se calhar acho. Ora dê cá o papel!” 2. Conta

Notas de campanha (4)

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1. O vento frio que varre o passeio da Escola Secundária de Rodrigues de Freitas, no Porto, não desmobiliza os professores que aqui se juntam na iniciativa da Fenprof “Os professores na campanha”. Não, não há qualquer ligação entre a Federação Nacional dos Professores e a CDU. É uma acção autónoma, que está a correr todos os distritos, colocando na agenda política os problemas da classe docente. Integrando uma delegação da CDU, tive a oportunidade de saudar a Fenprof e os professores e de recordar o que, na Assembleia da República, o PCP tem proposto para a valorização da carreira docente. 2. Nova tribuna pública, desta vez na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, organizada pela Juventude CDU. Temas obrigatórios: os inaceitáveis obstáculos ao acesso e permanência no Ensino Superior – propinas, taxas e emolumentos, insuficiência dos apoios da Acção Social Escolar, falta de alojamento estudantil. Mas também as questões do ensino artístico, dos impostos excessivos na compra de in

Na morte do Marco

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Atrasado, demasiado atrasado, "perdido" em responsabilidades que me tomam os dias, dou conta agora da notícia da morte do Marco (Armando Moreira de seu nome "civil"), fotojornalista de primeiríssima água, pintor e artista gráfico, meu antigo camarada de Redacção no "Jornal de Notícias", companheiro em inúmeras reportagens e em dois ou três projectos que não chegamos a executar. Embora afastado do jornalismo há muitos anos, devido à reforma (tinha 87 anos), o Marco permanece como uma das referências centrais do fotojornalismo - no Porto, sem dúvida, mas não só - e uma voz rara em defesa dos seus camaradas: bateu-se pelo lugar próprio dos fotojornalistas, que jornalistas são, e pelo direito à "ousadia" de escreverem (e o Marco escrevia como poucos); foi delegado sindical e membro do Conselho de Redacção do JN. Foi um ser humano singular e um fotógrafo e fotojornalista com um olhar próprio sobre o mundo e as suas coisas, das paisagens rurais aos pel

Notas de campanha (3)

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1. De repente, uma mulher aproximou-se, levantou o punho direito e gritou “Agora é a vez do Partido Comunista Português!” A voz da oradora que intervinha na tribuna pública da CDU sobre trabalho, entre o acesso à estação de ferroviária de Campanhã e o acesso ao Metro, sobrepunha-se à da estranha. Mas ela repetiu, determinada, puxando pela voz: “Agora é a vez do Partido Comunista Português!” A pequena multidão de participantes na iniciativa irrompeu em aplausos. Ela aplaudiu também, feliz, creio, e partiu como chegou, engolida pela fila incessante que se dirigia para o Metro. Estamos a caminhar para o final do dia e, na tribuna, sucedem-se testemunhos tocantes sobre problemas dos trabalhadores. Retenho em particular o recitativo comovente do Eduardo Andrade, técnico de manutenção, dirigente sindical, candidato na lista da CDU, a contar os dias e as noites dos “filhos dos turnos”, crianças privadas do convívio, do jantar, das histórias da escola, com os pais, das notas dos testes partilh

Notas de campanha (2)

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1. “Este não é o meu partido, mas é dos bons.” O sol da manhã, que entra da chapada na cafetaria do Terminal Intermodal de Campanhã, anima os passageiros à espera de embarque. Em baixo, no cais, o frio tolhe quem está mais próximo da viagem. É agora a zona de distribuição da propaganda da CDU. A aceitação é boa, a simpatia geral ganha em largos pontos a escassa recusa. Uma jovem fica a ler demoradamente as 12 principais propostas impressas no documento. Pretexto para conversa: então, o que lhe agradou mais? “Estava muito interessada em saber o que propõem para a Ciência.” É investigadora, bolseira, precária. E o que o PCP tem proposto na Assembleia da República é acabar com a precariedade, que atinge mais de 90% dos investigadores, o reforço do financiamento do sistema científico e tecnológico, a garantia de emprego científico… “Completamente de acordo.” 2. Acção de contacto com a população e comerciantes na zona de Campanhã. Simpatia geral. “Pode deixar aí mais do que um, olhe, ponha

Notas de campanha (1)

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Comício de abertura do período oficial da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 10 de Março. Magnífica iniciativa, com o auditório a abarrotar, com uma grande e contagiante alegria. No final do momento musical, Jorge Lomba (uma voz de primeira água!) cantou a Pedra Filosofal, de António Gedeão, pretexto para evocar uma extraordinária reflexão de Álvaro Cunhal sobre a transformação do sonho em utopia, da transformação da utopia em intervenção – e em intervenção revolucionária.     Mais informações na página da CDU - Distrito do Porto  

Notas de pré-campanha (38)

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1. Já vos falei do Mercado da Póvoa de Varzim (Notas de pré-campanha (14)). Mesmo ao sábado, dia de maior movimento, o declínio salta à vista. Passa das dez da manhã e a peixeira recita a queixa: “Isto a gente vai para a desgraça! Ainda não vendi nada!” Há razões: “Os grandes supermercados não páram de crescer”, aponta uma vendedora de frutas. E “não há dinheiro nos bolsos dos clientes”. Tão-pouco abunda no dos produtores-comerciantes. “Adubos e sementes aumentaram para aí uns 90%, e nós sem ajudas…”, queixa-se um no piso das hortícolas. Mas o PCP propôs na Assembleia da República ajudas aos produtores, com o Estado a assegurar o fornecimento dos factores de produção a preços justos aos pequenos agricultores. Acha bem? “Claro!” Pois bem, o PS e os outros do costume votaram contra. “Olhe, mais uma razão: boa sorte!” E votos! 2. Tarde nas ruas de Leça da Palmeira, Matosinhos. “Isto está mau: a CDU não chega ao poleiro”, diz um homem num café. Não queremos poleiro, queremos mais condições

Notas de pré-campanha (37)

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1. Tem fama a feira da Santana, freguesia de Leça do Balio, concelho de Matosinhos. Mas o recinto está hoje rarefeito em tendas e escasso em vendas. “Comprem alguma coisinha, ainda não vendi nada hoje”, implora uma vendedora de adereços multicores – luvas, cachecóis, guarda-chuvas. “Veio uma chuvada das grandes quando os feirantes chegaram. Muitos nem chegaram a montar as tendas, foram embora. Aliás, outros não chegaram a vir”, conta o dono de uma carrinha de comes-e-bebes. “E também não há dinheiro, isto está a cair de semana para semana…” Um vendedor contaria com o pragmatismo de veterano: “Há dinheiro, há; está é mal distribuído”. Tem razão: os 5% mais ricos possuem mais de 42% da riqueza do país. “Ora aí está!” Por isso propomos o aumento dos salários. “E é justo! Continuação de boa campanha!” Fazemos falta na Assembleia, é o que ouvimos de muitos. “Cuidado com os salazarentos! Força para vocês!” 2. Acção de contacto com comerciantes e população na zona da Boavista, no Porto. Numa

Notas de pré-campanha (36)

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1. Manhã dedicada à gravação de debate, na Rádio Observador, entre as formações com representação parlamentar (é emitido amanhã às 9:30). Oportunidade para salientar as propostas do PCP e da CDU para a resolução dos graves problemas da habitação, em especial para as 100 mil famílias que, no país, vivem em alojamentos indignos; para a valorização dos salários e das pensões e reformas; para a urgência da remodelação de várias alas e serviços do Hospital de S. João e a construção do novo Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde e outras intervenções urgentes na região. 2. À tarde, a meteorologia brindou a equipa central da CDU com magníficas abertas na Trofa, permitindo o contacto com a população e comerciantes. Numa loja, duas senhoras repetem o estribilho do costume – “são todos iguais”. Vejamos. Olhe o controlo dos preços do gás e da electricidade que tanta falta fazem com este frio: o PCP propôs; o PS, o PSD e a IL votaram contra, o Chega absteve-se. Acha que são iguais a n

Notas de pré-campanha (35)

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1. “Temos essa missão nas mãos, não é, no dia 10 de Março?” A trabalhadora no Marshopping, em Matosinhos, vinca cada palavra, como se fosse a definitiva. Sabe que nas próximas eleições legislativas muitas coisas podem mudar nas vidas de todos. Nas dos trabalhadores dos centros comerciais. Vem a talhe de foice – melhores salários, redução dos horários, mais dias de férias, regulação do trabalho nocturno e por turnos, encerramento dos shoppings aos domingos e feriados. “Será que vai para a frente?!” A pergunta repete-se de loja em loja. Vai, claro: a iniciativa legislativa de cidadãos já tem mais de 25 mil assinaturas e é com os deputados do PCP que podem contar para a apoiar. “Vamos a isso, tem razão, é a hora de dar mais força à CDU!”, pontua outra, apontando o panfleto de campanha. 2. O assunto vem evidentemente ao topo do temário nos contactos com trabalhadores no centro comercial Parque Nascente, Rio Tinto, Gondomar, onde começamos a tarde. “Era tão bom! Nunca estou com a minha filh

Notas de pré-campanha (34)

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1. A Meteorologia anuncia um dia com temperaturas simpáticas, mas em Penafiel sopra um vento agreste nesta manhã. É o adversário que os participantes na tribuna pública da CDU sobre a Saúde enfrentam. Nada de desistir! Na Praça do Município, juntam-se curiosos e interessados no tema. Os testemunhos e as intervenções sucedem-se, denunciando os problemas nos hospitais e nos centros de saúde no interior do distrito. Há freguesias, nomeadamente de Paços de Ferreira, cujos moradores consomem onze horas para se deslocarem a uma consulta ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, e voltarem para casa. O hospital está subdimensionado, há doentes enviados para hospitais privados, ao mesmo tempo que o Hospital de Amarante continua subaproveitado e onde nem sequer uma pequena cirurgia – um simples dedo partido – pode ser feita, e que não dispõe mesmo de capacidade laboratorial para uma simples análise. O PCP e a CDU denunciam os problemas do Serviço Nacional de Saúde, mas não alinham no coro da teor

Notas de pré-campanha (33)

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1. Manhã com estruturas representativas de trabalhadores da Cultura. Mais uma oportunidade para troca de impressões sobre os problemas do sector e a urgência de medidas como as que o PCP e a CDU defendem. Por exemplo, a alocação de 1% do Orçamento do Estado e, a prazo, do Produto Interno Bruto à Cultura, a instituição de um serviço público de cultura, incluindo a gestão pública de entidades privadas, como as fundações da Casa da Música e de Serralves, que dependam maioritariamente de financiamento público, o combate efectivo à precariedade e colocação das estruturas ao serviço da promoção da criação e da fruição culturais. 2. Acção de contacto e distribuição de propaganda junto de comerciantes e população em Matosinhos. Numa paragem de autocarro, uma jovem declina amabilidade o panfleto com os 12 pontos do compromisso da candidatura da CDU no círculo do Porto. “Como estudo para ser contabilista, vou votar noutro liberal”, justifica. É um ponto de partida para a conversa, medida a media

Notas de pré-campanha (32)

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1. O mercado de produtos biológicos que funciona aos sábados no núcleo rural do Parque da Cidade, no Porto, corre – porventura mal comparando – ao ritmo da velha agricultura: com a lentidão e o ritual devidos. “Enquanto uma alface se faz numa ou duas semanas numa estufa, demora dois meses ou mais nos nossos campos”, ilustra uma produtora. Os produtores vieram de longe, até de Tondela, S. Pedro do Sul, por aí fora, ou de mais perto, como Gondomar e Vila Nova de Gaia. Os produtos, ou quem os representa. Veja-se este rapaz e esta rapariga, por exemplo, que aqui estão, do outro lado da pequena banca: estudantes no Politécnico de Viseu, vêm ganhar ao dia. E tal o pagamento? Trocam olhares acanhados. “Alguma coisa…” Dá para as propinas? Encolhem os ombros. “Dá para comprar umas coisitas…” Vamos lá então melhorar a vida de quem trabalha! Os compradores chegam de mais perto – do pacato aglomerado urbano que escorre da encosta suave a Nascente, por exemplo –, uns apeados e munidos de sacos; out

Notas de pré-campanha (31)

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  1. Manhã e tarde dedicados a visitas a instituições que intervêm na área – ou nas áreas, como nos observou um técnico? – da toxicodependência, com atenção muito especial para os problemas e constrangimentos que afectam os programas no âmbito do consumo assistido. Uma jornada muito útil ao conhecimento, ao estudo e à reflexão colectivos. 2. Ao final da tarde, tribuna pública em defesa do Museu Nacional da Resistência Antifascista no Porto, a instalar no edifício – actual Museu Militar – onde durante 37 anos (1936-1974) funcionou a delegação da PIDE, o mais tenebroso instrumento do aparelho repressivo fascista, e onde mais de oito mil resistentes, na maioria comunistas, como Virgínia Moura, sofreram a prisão e a tortura. Numa altura em que está em marcha o branqueamento do fascismo e a obliteração da memória da resistência, é da maior importância assegurar que não se apaga e se preservam os testemunhos e os ensinamentos desse tempo. Por isso, o compromisso dos candidatos da CDU no

Notas de pré-campanha (30)

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1. O dia começa com uma acção de contacto com a população e comerciantes na Rua Afonso Henriques, em Rio Tinto, ora fugindo à chuva, ora aproveitando as tréguas. Num café da zona da Areosa, um grupo de idosos conversa com vagar entre a clientela apressada pelos afazeres da vida. Recebe a propaganda com simpatia. Há um que expressa as suas dúvidas. Fazemos assim: se discordar de alguma das 12 prioridades propostas, não vota CDU. Ele ri com vontade. Adiante, uma senhora toma a iniciativa de pedir o documento. “Temos de os enfrentar, para que não julguem que isto é tudo deles!”, justifica. 2. Na empresa Ficocables, na Maia, é dia de greve a três horas de trabalho em cada turno, em defesa do aumento dos salários, contra a discriminação e pelo fim da avaliação de desempenho, que os trabalhadores consideram injusta. As potentes colunas da carrinha sindical animam com música e slogans – “Porque é mesmo necessário”, recita o animador do SITE-Norte, “O aumento do salário”, completam os trabalha

Notas de pré-campanha (29)

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  1. A senhora, sorridente, toma o panfleto nas mãos e mira. “Gosto de ler tudo e tenho visto os debates na televisão – ajudam-me a decidir.” E o Paulo Raimundo, já viu? “Já sim senhor, é um senhor muito sério.” Corre em Freamunde uma manhã de plácida ilusão de Primavera e os clientes mais velhos das lojas gozam do vagar das compras possíveis (“Isto vai mal, não há dinheiro”, ouve-se dos comerciantes, entre votos de “boa sorte”). Uma idosa fala “com franqueza” que, sendo de esquerda, nunca votou na CDU. “Já o meu marido não falha! Eu tinha um irmão, que era mesmo comunista”, diz, com um tom discreto de orgulho. E volta a mirar o documento com as propostas da CDU. “Vou ler bem. Vamos lá ver se desta vez mudo.” 2. À porta de uma fábrica em Ferreira, as operárias precipitam-se para a rua em sucessivas levas. Quem mora perto vai almoçar a casa, “é uma sorte”. Vamos ao contacto, com as nossas propostas – aumento de salários, redução do horário de trabalho… “Isso é que era bom!” E olhe q

Notas de pré-campanha (28)

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    1. “Criticavam o Paulo Portas por andar pelas feiras, até lhe chamavam o ‘Paulinho das feiras’, e agora também por cá andam?!” A senhora atira a provocação, o feirante a quem comprava olha-nos à espera, olho solidário. Que nunca chamámos tal coisa a Paulo Portas e que andamos nas feiras há muitos, muitos anos. Mas, já agora, também andamos pelas fábricas e por outros locais de trabalho, e nunca o vimos a falar com os trabalhadores, nem com os pobres. “Pobres e ricos sempre os houve e precisamos tanto dos ricos como dos pobres.”. Os pobres não são precisos e temos é de acabar com os 2,1 milhões de pessoas em risco de pobreza e exclusão social, por isso fazemos as propostas que fazemos. Subimos agora o enorme campo da feira de Paredes, recinto cheio de clareiras de tendas ausentes (“Não há dinheiro, isto está mal!”, escutamos amiúde). Um feirante de roupas declina amavelmente a oferta do panfleto. “Já me deu na feira de Lousada. E olhe que já li, já li tudo!” E que tal as nossas pr

Notas de pré-campanha (27)

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  Vão frias as manhãs de Fevereiro em Baião. “É tempo dele.” E faz bem ao fumeiro, não é? O velhote empina o boné e despede um sorriso. “Lá tenho o meu a fazer, sim senhor.” E então, a reforma? “Fracota, devia ser melhor.” Pois então veja as propostas da CDU – aumento em pelo menos 7,5% e em pelo menos 70 euros para todos. A acção de pré-campanha na sede do concelho mais interior do distrito do Porto corre com bom acolhimento e simpatia, apesar dos desfavores da meteorologia – tempo muito húmido e muito frio. É domingo de manhã, mas há comércios abertos. “Temos de aproveitar quem vem de excursão, às vezes pára e leva qualquer coisa”, conta o dono de uma loja. É para fintar a falta de dinheiro, “e de população”, acrescenta outro. “Falta população”, insiste, sorrindo. Por isso a CDU fala em desenvolver harmoniosamente o distrito, na agricultura e na pecuária (é famoso o anho de Baião, que está em pleno solar da raça arouquesa), na floresta, na indústria, nos serviços – e especialmente

Notas de pré-campanha (26)

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1. “Já não acredito em nada, já não vai lá!” O homem enfia as mãos nos bolsos do blusão grosso, abana a cabeça e insiste: “Não vejo jeitos de isto mudar”. Se não tentarmos mudar, não muda; por isso cá andamos. Ele faz uma careta e abana a cabeça. Acredite, o que está no panfleto não são promessas, são propostas que temos feito, mas os do costume – PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal têm votado contra – e só há uma maneira, que é reforçar o PCP e a CDU. O feirante revê o documento. “Pois, é o PCP, um partido que sei de palavra.” Estamos na feira de Valongo, fria de clientes, gélida no ar. De repente, a chuva desaba numa torrente empurrada pelo vento, que arranca duas presilhas de um toldo. Uma feirante grita de desespero, a mercadoria ensopada, o dia mais perdido do que estava. Vamos lá melhorar a vida dos clientes? “Claro, e a minha!” Então veja as propostas da CDU, se não fica mesmo a ganhar… O comerciante atenta no documento com as principais medidas para o país e para a região. “A