Notas de campanha (3)

1. Há quem subestime e, pior, desdenhe das acções de campanha eleitoral nas feiras. Talvez seja um misto de elitismo e de consequência da forma tantas vezes caricatural como a comunicação social "trata" esta forma de contacto com os cidadãos. Talvez devam estar um pouco mais atentos ao que este "habitat" singular representa. Nele "vivem" os eleitores do nosso círculo - em geral os compradores -, aos quais dirigimos os nossos compromissos, cujos anseios podemos escutar e sobre cujas condições de vida tomamos decisões. Também lá estão, é certo, os feirantes, as mais das vezes eleitores em concelhos e até distritos distintos. Pois também a eles devemos dirigir o nosso esforço e entregar os nossos documentos, pois, sempre que tomamos decisões sobre feiras e mercados é também dos direitos e interesses deles que tratamos. Ocorreu-me isto, na manhã desta quinta-feira, na feira de Pedras Rubras (Moreira), ao encontrar-me pela enésima vez com um feirante que já conheço de outros sítios, aproveitando para retomar o fio à meada de uma conversa intermitente.

2. À tarde, participei no debate com todos os candidatos à Câmara da Maia realizado pelo "Jornal de Notícias", transmitido em directo no seu sítio electrónico e no Facebook, e do qual será publicado um resumo na edição impressa desta sexta-feira. Também neste domínio o JN se distingue pelo modo muito próprio como olha o território (Declaração de interesses: sou profissional na casa).

3. À noite, visitei uma das mais antigas associações de cultura e recreio do concelho - "Os Fontineiros da Maia". São muito vivos os efeitos negativos da pandemia de covid-19 nas suas actividades. E tardará que os frequentadores das suas iniciativas se libertem das peias impostas pelos confinamentos e restrições. É um exemplo eloquente de como as colectividades necessitam de apoio para renascerem.

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