Ainda o debate Rio/Costa e a governação à Guterres

Ainda a tempo de acrescentar algumas achegas ao pós-debate televisivo de quinta-feira entre os líderes do PS e do PSD, caracterizado pela gritante falta de abordagem aos problemas essenciais dos trabalhadores, do povo e do país, já que das empresas nem António Costa nem Rui Rio se esquecem…

O título do Público do dia seguinte é suficientemente claro: "Costa afasta ‘geringonça’ e admite governar à Guterres". Por outras palavras: Costa quer fugir da acção e intervenção da CDU para, com maioria absoluta ou com entendimentos formais ou informais com PSD (diploma a diploma), continuar a faltar às soluções para o país.

Lembremos o que foi governar à Guterres em alguns tópicos essenciais:

- Privatização de cerca de 60 empresas públicas - sistema financeiro, indústria, energia, transportes e comunicações (Banco Borges e Irmão, Banco Totta & Açores, Banco de Fomento Exterior, ANA, PT, REN, EDP, CNP, Petrogal, Quimigal, Siderurgia Nacional, Portucel, Cimpor, Setenave, etc.);

- Liberalização do trabalho a tempo parcial;

- Impulso significativo na privatização da saúde;

- Viabilização da esmagadora maioria dos orçamentos pelo PSD;

- Revisão constitucional com PSD para impedir a concretização da regionalização.

Neste quadro, a CDU confirma-se como a força decisiva para o aumento geral dos salários e das pensões, para salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), para garantir o direito à habitação e para responder ao défice demográfico garantindo direitos a pais e crianças.

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