Notas de pré-campanha (3)

1. “Todos prometem, prometem.” A observação, feita por uma vendedeira na feira dos Carvalhos, é verdadeira, não há que contestar. Resposta nossa: É verdade, o PCP também promete, mas cumpre, apresentando propostas. E temos proposto o aumento dos salários e das pensões, que é o mesmo que aumentar o poder de compra. E a mulher: “É bem preciso. As pessoas chegam aqui, escolhem, escolhem, mexem, mexem, às tantas põem-me aqui as coisinhas, ‘olhe, só posso levar até tanto’”. Se é preciso reforçar a CDU? Há uma voz entre o ajuntamento: “Vamos dar agora a oportunidade a estes que nunca lá estiveram!” E outra: “Sim, vamos dar uma oportunidade e travar o passo à direita!” Há manhãs assim, gratificantes.

2. Entrega formal, no Tribunal da Comarca do Porto, da lista de candidatos da CDU – Coligação Democrática Unitária pelo distrito às eleições de 10 de Março para a Assembleia da República. O acto tem a sua solenidade, mas também o enorme significado político e cívico para quem se disponibiliza para combater na primeira linha por um projecto de transformação. Passo em revista rostos, nomes, idades, ocupações: há tanta juventude (sim, sou o segundo geronte em 45 candidatos…), tanta competência, tanta generosidade na lista da CDU que faz corar de imensa inveja outras candidaturas. À margem, trabalhadores da Justiça fazem questão de agradecer o trabalho do PCP na Assembleia da República em defesa dos eus direitos e interesses. Lá estaremos reforçados, a partir de Março.

4. A jornada termina com uma reunião institucional com um organismo do Estado. Recolha de informação, elementos fundamentais para o apuramento das nossas propostas e das nossas intervenções. É assim que o PCP e a CDU se preparam para os combates. Não é por acaso que este partido completará em breve 103 anos, nem é por acaso que desde muito cedo aponta a acção unitária como opção fundamental. Os portugueses sabem há muito com quem contam e como contam. 

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