Notas de pré-campanha (16)
1. Posso
garantir-vos, tendo já alguma ciência sobre o assunto, que a feira de São
Martinho do Campo, concelho de Santo Tirso, é feira de boa onda. Gente de
receber bem, sejam vendedores ou compradores, mesmo confirmando-se que “a coisa
está má”, mas sem perder de vista que, no dia 10 de Março, é a hora de mudar de
política. “Sim, é claro, temos de reforçar este partido”, diz um feirante.
Explica-se para quem o quer ouvir: “É quem defende os trabalhadores e é o único
que defende os feirantes! Sei muito bem que é o único que falou sobre nós na
Assembleia da República”. O testemunho dura um fósforo, se tanto, que é uma
dimensão de tempo comparável ao tempo que as televisões dão ao Paulo Raimundo,
mas vale a grandeza de uma fala genuína e desinteressada. Se não me levam a
mal, sei do que falo – e por aqui me fico, por ora. Logo à frente há uma
cliente que esbraceja, documento da CDU na mão, contra a falta de médico no
centro de saúde, um TAC que aguarda há meses a interpretação competente de um clínico.
É melhor ir à consulta aberta… Mas logo estende o rosário de queixas: não tem
médico de família, não consegue marcar uma consulta há meses…
2. Almoço
com dirigentes, delegados e activistas sindicais e membros de comissões de
trabalhadores do distrito do Porto, no Centro de Trabalho da Boavista do PCP, na
companhia do camarada Jerónimo de Sousa. Confirma-se: o Partido Comunista Português
– tal como a CDU – é o único partido que confere ao trabalho e aos trabalhadores
a centralidade das suas propostas e integrando-as nas prioridades da sua
intervenção. Quando propomos o aumento do Salário Mínimo Nacional, não é para
2028, como vêm prometer agora o PS e a AD (PSD/CDS); é para valer em 2024. Estão
a ver a diferença?
3. Encontro
com reformados e pensionistas no salão (cheio!) da Junta de Freguesia da
Senhora da Hora, Matosinhos, novamente na companhia de Jerónimo de Sousa. A
reter das suas palavras, contra os ventos funestos da mesquinhez de que se
alimenta a extrema-direita e que tenta entrar pelas frestas abertas nas
convicções: “O pobre tem como aspiração fundamental que é deixar de ser pobre e
passar a ser um trabalhador com direitos”.
Mais informações na página da CDU - Distrito do Porto