Notas de pré-campanha (10)

1. O dia foi intenso, parece que não, e rico. De manhã, uma importante reunião de candidatos da CDU com a Associação dos Médicos Veterinários Municipais. O bem-estar animal é uma luta de há muito do PCP e do PEV. Preocupações actuais a carrear para as nossas reflexões colectivas, entre outras, a situação dos cães e gatos nas ruas e das matilhas de cães assilvestrados, as respostas dos centros de recolha oficial e dos médicos veterinários municipais e as medidas necessárias para prevenir problemas de segurança e saúde públicas. “Aprender, aprender sempre.”


2. Entre esta tarefa e a seguinte, tarefas de rectaguarda, incluindo a preparação de uma pergunta ao Governo, que ainda é tempo para o confrontar com as suas opções e as suas políticas.

3. Contacto com os utentes do Metro do Porto na estação de D. João II, em Gaia, e dos autocarros que com ele fazem ligação. “Ninguém faz nada”, protesta uma mulher, esgotada da espera pelo autocarro da Unir – “e já melhorou um pedaço”, suaviza outra. O protesto multiplica-se, uns de dedo em riste – “são todos iguais”. Que não, repetem os activistas da CDU. É preciso ter viva a memória: quem defendeu e defende que a STCP seja o operador público dos transportes rodoviários de passageiros? O PCP e a CDU. Quem contrariou o PCP e a CDU? O PS e o PSD. A conversa é como um cesto de cerejas, puxa-se e lá vem outro assunto. Vamos ver se mudamos isto para melhorar os salários, as pensões e reformas? “Ora, isso todos prometem!”, contrapõe um homem. A diferença é para quando. O salário mínimo nacional, por exemplo, deve ser de mil euros já neste ano, conforme propôs o PCP na Assembleia da República, mas o PS e o PSD remetem essa promessa lá para 2028… Estão a ver a diferença? Quatro anos.

4. Extra-campanha: Participação na concentração em defesa da paz, do cessar-fogo imediato e da independência e autodeterminação da Palestina (foto). A iniciativa do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (declaração de interesses: integro a sua Presidência) mobiliza à roda de três centenas de pessoas, entre as quais um grande número de jovens muito empenhado na causa. “Paz no Médio Oriente, Palestina independente!” e “Palestina vencerá!”, eram duas das principais palavras de ordem que entoavam com mais entusiasmo. A repórter do Porto Canal pede-me uma declaração sobre o assunto e destaca a participação da juventude. Ao contrário do que muitos querem fazer pensar, os jovens estão empenhados na defesa de valores como a paz, o direito à autodeterminação dos povos e à independência e à soberania das nações. É isso que determina também a Constituição da República Portuguesa. Exijamos que o Estado Português reconheça o Estado da Palestina e que intervenha, nomeadamente na União Europeia, em defesa desse objectivo e do cessar-fogo imediato e definitivo.

Mais informações na página da  CDU - Distrito do Porto

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