Últimas da Wikileaks: riscos da volatilidade

Segundo as notícias dos últimos dias, há uma data de gente, em várias partes do Mundo, embaraçada até ao risco de morte com a ameaça da Wikileaks de denunciar as fontes dos seus famigerados telegramas secretos e até a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) suspendeu provisoriamente a confiança nela.
Para os que supunham que seriam "organizações" como esta a substituir os media "tradicionais", ficará das mais recentes revelações e outras anteriores uma lição essencial: só é possível assegurar - e praticar - a liberdade de imprensa assegurando aos cidadãos, começando pelas fontes confidenciais, no escrupuloso, comprometido e escrutinável respeito por certos deveres indeclináveis.
E isso só se pode exigir a jornalistas com rosto e a organizações jornalísticas (empresas) lealmente expostos ao risco de pagar por isso. Coisa que me parece não acontecer com uma entidade volátil, disposta à delação vingativa...
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