Despedimentos: afinal quem encomendou o sermão?

Voltemos à notícia do "Diário Económico" que no postal imediatamente abaixo tratei e passemos às declarações do ex-presidente da CIP e actual presidente do Conselho Coordenador para a Internacionalização, Francisco Van Zeller.
Também ele considera que "a iniciativa do fundo não vai dar em nada" (e se ele o diz, quem sou eu para o contrariar?!), por representar "um encarecimento da mão-de-obra", que - agora sem aspas no jornal, mas transcrevendo-o - nem sequer vai ao encontro das necessidades das empresas. 
E segue-se esta afirmação espantosa: "Nunca ninguém se queixou do custo de despedir".
Ora, se um influentíssimo patrão dos patrões diz que eles, os patrões, jamais se queixaram dos custos dos despedimentos, por que carga de água é que o Governo veio dizer que é necessário, é urgente, é mesmo candente, "reduzir o risco de custos de reestruturação empresarial" (cito do comunicado do Conselho de Ministros) e "diminuir o impacto da compensação"?
Por outras e mais directas palavras à maneira popular: Quem encomendou o sermão ao Governo?
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