Disfarces policiais e profissões neutrais

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e o Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência contestaram a utilização, na noite da passada quarta-feira, de um casaco do uniforme do Instituto de Emergência Médica (INEM) por um agente por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) para dominar um homem que sequestrava e esfaqueara uma mulher numa caixa de multibanco.
Em síntese, aquelas organizações alegaram, segundo conta a edição de hoje do “Jornal de Notícias”, que o uso de elementos identificativos da actividade dos seus representados poderia pôr em perigo, no futuro, a vida e a integridade física destes. E explicaram que, em situações futuras, envolvendo criminosos, verdadeiros profissionais de socorro e emergência podem ser confundidos com polícias disfarçados.
Trata-se de um receio fundado e legítimo, de resto extensível a outras profissões cuja neutralidade insuspeita constitui um requisito essencial para o desempenho das respectivas missões e para a preservação da sua vida. Jornalistas incluídos.

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