Atenção malta das redes sociais

Nem de propósito: a Comissão de Queixas da Imprensa britânica (PCC, no acrónimo inglês) acaba de considerar que o conteúdo de mensagens partilhadas em redes sociais, mesmo em pequenos grupos, pode ser replicado nos jornais.
A decisão do órgão de auto-regulação da indústria responde a uma queixa de uma cidadão, trabalhadora no Departamento de Transportes, contra os jornais "Daily Mail" e "Independente on Sunday", que transcreveram mensagens na sua conta no "Twitter" contendo revelações sobre a sua vida e o seu trabalho e que ela esperava permanecerem confinadas ao universo de 700 "seguidores".
A PCC considera que a publicação das mensagens não violou o dever de respeito pela privacidade dos cidadãos por ser claro que a audiência potencial é muito maior do que, no caso, as 700 pessoas que a seguem, desde logo porque aquelas podem facilmente reencaminhadas para uma audiência maior.
Moral da história: atenção malta das redes sociais, não escrevam nada nos facebooks, nem nos twitteres, nem nos blogues que não possam dizer em público. Pode haver um transcritor de mensagens em posição de escuta...
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