Presidenciais 2011: Notas de campanha (7)

Quatro notas breves sobre o 10.º dia da campanha eleitoral:
  1. Manuel Alegre amanheceu com o zumbido das notícias: um membro da Comissão Política do Partido Socialista, Correia de Campos de seu nome, disse ao diário "i", que ele, Alegre, não é o candidato que convém para a situação presente, que o que garante a estabilidade é Cavaco Silva e que a recente crispação de campanha entre elementos do Governo e o Presidente da República em exercício (agora, de repente, diz-se incumbente) é coisa passageira, de consumo eleitoral.
  2. Manuel Alegre disse ontem que, nestas eleições, há uma luta definitiva (de vida ou de morte, parece-me que foi assim que disse) pela democracia. O Presidente incumbente (cá está!), candidato Cavaco Silva, não gostou que desqualificassem a democracia da qual ele faz parte. E lá veio hoje Manuel Alegre emendar a mão e dizer que não exclui S. Exa. da democracia formal, mas que, corrija-se agora, o que está em causa é a democracia social, o Estado social, etc. e tal...
  3. Francisco Lopes recentrou a discussão, colocando-a não apenas no pós-23 de Janeiro, mas já, no momento presente: "Não há democracia económica, não há democracia social, a democracia cultural está muito limitada e há uma democracia política amputada" (cito da Lusa).
  4. No domingo, Manuel Alegre desenterrou do passado de Cavaco Silva as cargas da polícia contra trabalhadores e estudantes e até as "mangueiradas" (Alegre dixit) contra polícias. Hoje, engasgou-se demasiado na reacção pedida pelos jornalistas e não assumiu uma posição clara sobre os "incidentes" entre a Polícia e sindicalistas que se manifestavam frente à residência oficial do primeiro-ministro. Cá se fazem, cá se pagam?
.

Mensagens populares deste blogue

Jornalismo: 43 anos e depois

O serviço público de televisão e a destruição da barragem de Kakhovka: mais rigor, s.f.f.

O caso Rubiales/Jenni Hermoso: Era simples, não é?