Presidenciais 2011: Notas de campanha (5)
Quatro notas, atrasadas, sobre o 7.º dia de campanha para as eleições presidenciais do próximo domingo, dia 23:
- Era evidente que o tema dos cortes nos salários dos trabalhadores da Administração Pública que o Presidente da República parece lamentar na pele de candidato Cavaco Silva, que aliás se esqueceu de referir os trabalhadores das empresas de capitais públicos, exigiria uma reacção dos outros candidatos.
- "(Cavaco Silva) meteu a mão até ao fundo na aprovação desse orçamento, e agora vem dizer que as medidas são más. Basta de hipocrisias, assuma a sua responsabilidade na situação que vivemos", reagiu o secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Jerónimo Sousa (citado da Lusa).
- Boicotes ao sufrágio ensombram na freguesia do Muro, Trofa, e na Lousã, por causa dos atrasos na extensão do Metro do Porto até à Trofa, no primeiro caso, e do inacreditável caso do bloqueio do Metro do Mondego (alternativa à linha ferroviária da Lousã, entretanto levantada), no segundo. Tem razão o deputado do PCP Honório Novo, ao alertar, no Muro, que não deve pagar o justo pelo pecador.
- Cobertura jornalística: o candidato Fernando Nobre protesta pela ausência de cobertura da sua campanha pelo semanário "Expresso"; Cavaco Silva não lê jornais, não vê televisão, não ouve rádio, nem tem, pelos visto, quem faça isso por ele, mas disse isto (citado da Lusa): "Eu não sei se as imagens desta maré humana que me tem acompanhado chegam a casa dos portugueses através da comunicação social, ou se estão ou não a ser escondidas. É qualquer coisa que eu não sei, porque não acompanho hoje o dia a dia da comunicação social". Se não sabe, por que razões fala?