Prognósticos para o ano de 2011



Prognosticam o "Seringador" (no 146.º ano de publicação) e o "Borda d'Água" (no 83.º), nos respectivos "juízos do ano", para 2011, um Inverno longo e frio, com pouca chuva; uma Primavera ventosa; um Verão escaldante, diz o primeiro (que antecipa um "ano seco e estéril de mantimentos"), mas bastante húmido, prevê o segundo; e um Outono fresco (e seco, acrescenta o segundo).
Os prognósticos para a agricultura são negros, prenunciando escassez de trigo, azeite, mel e vinho, mas anunciando porém abundância de frutas. No reino animal, o "Borda d'Água" adverte para a "elevada mortandade" entre as ovelhas, enquanto o "Seringador" anuncia que "o mar dar-nos-á - valha-nos isso! - peixe que farte".
Quanto ao resto, os prognósticos são aterradores.
"Saturno* traz destruição, fome, carestia, inquietação, miséria, angústia e tristeza", prognostica o mais novo dos folhetos, enquanto o decano explana aterradoramente da seguinte forma: "Far-se-ão muitos casamentos que a breve trecho darão em droga; reinarão febres várias em diferentes partes do mundo; alguns velhos caducos e vários grandes homens baterão a bota; o gato miúdo será dizimado por doenças várias; e fervilhará, finalmente, a tal pancadaria geral há tanto tempo anunciada, para maior honra e glória dos super-homens que presidem aos destinos de certos povos!"  
E termina rogando para que "as poucas coisas boas que nos promete este Juízo se cumpram integralmente e as outras, as más, relegadas para os quintos". Ora assim seja, pois, que para mal já chega e sobra o Orçamento do Estado, mais as medidas de austeridade e as mexidas nas leis laborais e por aí fora!

* Menção ao início do ano a um sábado, dia consagrado ao planeta Saturno 
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