Notas de campanha (7)
1 – A manhã tinha ameaçado, as
previsões do IPMA não eram simpáticas, mas as nuvens “voavam” suficientemente
para não desmobilizar o vibrante desfile da CDU no Porto, que terminou com um
grande comício enchendo a praça da Estação de Campanhã. Logo início da caminhada,
junto da antiga delegação da PIDE/DGS, a resistente antifascista Maria José
Ribeiro, presa três vezes nas masmorras fascistas (1958, 1962 e 1964) e
perseguida até ao 25 de Abril, entregou a secretário-geral do PCP, Paulo
Raimundo, uma declaração de apoio à CDU subscrita por 165 ex-presos políticos.
Uma mensagem de coragem que nos incentiva em tempos sombrios, de normalização
crescente da ultra-direita e do fascismo.
2 – Falta uma semana para as eleições. O resultado da CDU está em construção, produto do trabalho, da energia, da criatividade, da dedicação e até da coragem de milhares de militantes e amigos dos partidos que constituem a coligação por todo o país. E não é apenas desde a semana anterior: vamos pelo menos na sétima semana, com centenas de acções já realizadas em todo o distrito (como nos outros distritos), à porta das fábricas, nos portos e até aeroportos, nos bairros, nas associações culturais, desportivas e sociais e mesmo nas instituições económicas. Talvez por isso custe ver, ouvir e ler os media reduzirem a sua expressão real (“A caravana da CDU esteve hoje no Porto…”) à sua expressão mais directamente visível aos olhos e à sensibilidade dos jornalistas.