Diário Off (31)
Hidroxicloroquina – Há muito quem, no espaço público, duvide da
veracidade da notícia, dada ou confirmada pelo próprio, segundo a qual o
presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está infectado com o coronavírus
SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19.
Tratar-se-ia de um embuste para fazer propaganda ao medicamento
que apenas Bolsonaro, que afiança estar “bem”, e o seu compincha e padrinho
ideológico Donald Trump dizem ser o ideal para tratar a doença mas que nenhum estudo
demonstrou ser eficaz, persistindo, pelo contrário as mais severas
contra-indicações.
Não é impossível, mas é demasiado sórdida para ser uma hipótese
viável mesmo na mente mais perversa, mesmo sabendo que o Governo brasileiro
continua a gastar fortunas e a disseminar irresponsavelmente a
hidroxicloroquina no sistema de saúde, mesmo nos casos leves de Covid.
Turistas britânicos – Prossegue a peleja diplomático-sanitária
contra a decisão pouco amiga do Governo britânico de condicionar as viagens dos
turistas do Reino Unido para Portugal ao cumprimento de uma quarentena de 14
dias no regresso a solo pátrio, em razão da ainda situação complexa da pandemia
de Covid-19 em Portugal.
Não sei se o país, a sua economia e o seu turismo ganharão com
tanto arrepelão patriótico e tanta tirada chauvinista serão realmente úteis.
Museu do Aljube – Ressoa, nas redes sociais, incluindo em contas
de gente que se diz de esquerda, um indisfarçável despeito por a Empresa de
Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) do Município de Lisboa ter seleccionado
a ex-deputada comunista Rita Rato para directora do Museu do Aljube Resistência
e Liberdade.
Diz
a EGEAC que Rita Rato “se destacou pelo projecto apresentado e pelo
desempenho nas entrevistas realizadas com o júri” e estou certo de que aquela
empresa não fez qualquer favor ao reconhecer os méritos da candidata.
A inveja e a mesquinhez são pecadilhos difíceis de descolar da
pele de certa gente.