Diário Off (30)


Colômbia – Dois elementos do Conselho Comunitário Afro-renascer, no município colombiano de El Tambo, no departamento de Cauca, foram assassinado hoje.

Com as mortes de Paola del Carmen Mena Ortiz e de Armando Suárez Rodriguez, ascende a 159 o número de dirigentes sociais assassinados neste ano na Colômbia, sem que isso pareça incomodar a chamada comunidade internacional.

Espanha – Juan Carlos de Bourbon, agora rei emérito de Espanha, deveria ter declarado às Finanças um alegado donativo do monarca absoluto da Arábia Saudita, no valor de pelo menos 64 milhões de euros (fala-se em 100 milhões, em 2008, estava ele ainda no trono, e pago pelo menos 52 milhões em impostos.

O “donativo”, que o responsável pelas contas de Juan Carlos diz ter sido um presente de Abdalá bin Abdulaziz al-Saúd, foi recebido através de uma conta na Suíça e está ligado a um escândalo na “intermediação” da construção da ligação em comboio de alta velocidade entre Medina e Meca, por um consórcio espanhol. Alegadamente destinar-se-ia a uma obscura Fundação sediada no Panamá, mas a entrada não foi documentada, nem a dita fundação presta contas ao fisco.  

O caso dos escândalos do rei emérito é grosso e não é nada claro (pelo meio, mete uma prenda de 64 milhões a uma “ex-amiga”) e o Bourbon está a ser investigado, mas é protegido consenso espanhol (na verdade, pelos partidos “constitucionalistas”), que o PSOE tenta proteger com a alegação de que o escândalo não atinge o actual monarca nem o regime.

Brasil – O próprio Jair Bolsonaro confirma que o presidente do Brasil contraiu a Covid-19 e que nem sequer se trata de um mero acaso estatístico de uma campanha de testes:  apesar de dar-se ao desplante de tirar a máscara para falar aos jornalistas a dizer que está “bem”, ele apresenta mesmo sintomas.

O Brasil apresenta o segundo maior número nacional de casos no mundo, com 1.643.539 doentes e 66.093 mortos, em grande parte graças à gestão errática, preconceituosa e ignorante do próprio presidente do país.

No Brasil, a desgraça da eleição de Bolsonaro não veio só.

Portugal – E agora, o que fazer? O PCP agendou potestativamente para amanhã o debate parlamentar sobre “Produção, Emprego, Desenvolvimento”.

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