Diário Off (26)



Profissionais de Saúde – A Assembleia da República aprovou hoje o pagamento de um prémio correspondente a 50% da remuneração base e a majoração das férias aos profissionais de saúde que, de forma continuada actuaram directamente com pessoas suspeitas ou doentes com a Covid-19.

É um prémio merecido, mas teria sido mais justa a atribuição do suplemento remuneratório de 20% do salário base que o PCP propunha. Foi chumbado ontem com os votos contra do PS e as abstenções do PSD e do CDS.

Medicamentos – É manifesta a mortandade nos Estados Unidos causada pela Covid-19, a tal gripe vulgar de que o Trump falava, negando as evidências, assim como são claras as dificuldades em combater a pandemia em muitos países, incluindo em Portugal, onde o número de casos teima em não querer baixar.

A corrida na criação de vacinas e a gestão dos fármacos disponíveis para ajudar a combater a doença segundo critérios de equidade na prioridade técnica na sua distribuição são problemas de extraordinária e vital importância à escala planetária, colocando desafios éticos aos decisores públicos como nunca terão sido vistos.

O açambarcamento obsceno, pelo Governo norte-americano, de remdesivir, comprando praticamente as reservas disponíveis para três meses, privando o resto do mundo deste recurso, confirma o pior do egoísmo sem escrúpulos da Casa Branca.

Discurso de ódio – Anuncia o Governo que vai lançar um projecto de monitorização das mensagens de ódio nas plataformas e redes na Internet, para definir linhas de acção contra esta prática muito disseminada nas redes sociais, mas não só.

O problema existe, é sério, está a ter efeitos muito graves na qualidade do convívio cívico e por ter consequências muito funestas a prazo. Mas exige também muita prudência…

Mensagens populares deste blogue

Jornalismo: 43 anos e depois

O serviço público de televisão e a destruição da barragem de Kakhovka: mais rigor, s.f.f.

O caso Rubiales/Jenni Hermoso: Era simples, não é?