Diário Off (24)
No que aos transportes públicos colectivos diz respeito, tenho uma
dúvida. Não é metafísica, é geométrica: qual é a distância social mínima
garantida pelos operadores de ligações urbanas e suburbanas?
Proclama o pivô do telejornal da hora do almoço que o Estado e os
accionistas privados da TAP estão à beira de entender-se para a injecção de capital
do estado na empresa. Diz que haverá acordo para evitar a nacionalização. Nem
era necessário: o bloco central já tinha decidido que não haverá.
Diz o pivô que a indústria têxtil está em dificuldades porque o
mercado internacional está refractário às máscaras lusas de prevenção do
coronavírus responsável pela Covid-19.
Pelos vistos não é só o internacional. Ainda esta manhã tive de
fornecer-me numa loja de uma conhecida cadeia de supermercados que tinha feito
um acordo com uma marca têxtil. Se não vi mal, de produto português, nem a sua
marca estava à venda…
Diz a Organização Mundial de Saúde que o pior da pandemia de
Covid-19 ainda está para vir. Foram ultrapassadas as barreiras dos dez milhões
de infectados e meio milhão de mortos.
A culpa, argumenta, é da “politização” da situação sanitária, da
falta de unidade nacional e de solidariedade internacional. Não consta que vá
melhorar.
A segunda volta das eleições municipais em França confirmou uma
abstenção histórica muito preocupante (mais 60% dos eleitores não foram votar),
o êxito do partido Europa, Ecologia Os Verdes e das alianças de Esquerda em muitas comunas e o desaire do partido macronista
A República em Marcha!
Não, não foi só por causa da Covid…