"Jardim, a Grande Fraude"

Ribeiro Cardoso conseguiu apresentar hoje, na Livraria Bertrand – Dolce Vita, no Funchal, Madeira, o seu livro “Jardim, a Grande Fraude”, depois de ter sido adiada, por alegada falta de sala de última hora, a sessão marcada para o dia 12 de Abril, num hotel da cidade.
Sobre a obra e o autor, duas notas:
Primeira – O livro, que pretende radiografar e analisar o jardinismo, na sua génese, na sua circunstância e nas suas consequências, é obra de oficina honesta. Honesta, porque cuida de deixar clara a origem dos materiais utilizados no seu laboratório, abundantemente constituído por recortes de imprensa e bibliografia diversa, além do recurso a dezenas de entrevistas com personalidades, embora nem todas identificadas por razões de prudência. E honesta também porque não ilude ninguém: “não persigo a isenção nem a objectividade absolutas, mito e quimera que por aí correm para acalmar consciências, enganando-as”, anuncia na “declaração prévia”.
Segunda – Este livro só poderia ser escrito por um jornalista sénior, que viveu directamente boa parte dos acontecimentos essenciais, ou teve deles conhecimento no seu tempo e no seu contexto – e o contexto é um cimento essencial para ligar os factos na narrativa. É pena que esta vantagem – e é do capital de memória que falo – esteja a ser desperdiçada e tenha sido até despejada borda fora em tantas e tantas redacções.
.  

Mensagens populares deste blogue

Jornalismo: 43 anos e depois

O serviço público de televisão e a destruição da barragem de Kakhovka: mais rigor, s.f.f.

O caso Rubiales/Jenni Hermoso: Era simples, não é?