Gaza, Fase 5 do IPC

Fase 5 do IPC – já ouviram falar? Agora, a tradução qualitativa: “fome catastrófica”, que significa extrema escassez de alimentos para as necessidades básicas das famílias, apesar de toda a imaginação em estratégias de sobrevivência, expressa em níveis críticos de fome, desnutrição aguda, morte.

É o que está a acontecer na Faixa de Gaza, para além das vítimas da metralha israelita – 31 726 mortos e 73 792 feridos, segundo as autoridades locais de Saúde citadas ontem pela ONU.
Segundo a Organização das Nações Unidas, “toda a população” da Faixa de Gaza, estimada em 2,3 milhões de pessoas, enfrenta insegurança alimentar aguda, com quase dois terços das famílias sem comer em pelo menos dez de cada 30 dias, e que mais de 1,1 milhões esgotaram as suas reservas alimentares, encontrando-se na fase 5 – fome catastrófica – do sistema IPC (do acrónimo em inglês Integrated Food Security Phase Classification).
Para além da metralha contra civis e alvos que não podem ser campos de batalha, como os hospitais, sistematicamente atacados pelas tropas israelitas, a fome está a ser usada como arma de guerra impiedosa, tão dolorosa que não conseguimos imaginar, e tão profundamente desumana que é difícil explicar como é possível estar em marcha um tão brutal genocídio, perante a demissão da por vezes chamada Comunidade Internacional.
Mas é possível, é urgente, fazer travar tudo isto, já!
Hoje, às 18 horas, o Conselho Português para a Paz e Cooperação - CPPC promove na Praceta da Palestina (cruzamento das ruas de Sá da Bandeira e de Fernandes Tomás) uma nova concentração em defesa da paz no Médio Oriente, por uma Palestina independente e pelo fim do genocídio. Comparece!

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