Avanços na educação devem-se à iniciativa e à insistência do PCP
Chamada agora a este debate urgente [agendado pela Iniciativa Liberal], esta mesma Assembleia
perdeu, há pouco mais de uma semana, a oportunidade de melhorar as condições da
Escola Pública, dos seus profissionais, das crianças e dos jovens e das suas
famílias, ao chumbar um importante conjunto de propostas do PCP para medidas
necessárias e urgentes.
Não basta requerer discussões urgentes. É necessário fazer
opções.
Ora, em relação a opções centrais e decisivas, a Iniciativa
Liberal colocou-se ao lado do Partido Socialista contra as propostas
fundamentais do PCP, como a contagem integral do tempo de serviço dos
professores, cumpliciando-se com o Governo no esbulho de seis anos, seis meses
e 23 dias.
A IL esteve ao lado do PS e do seu Governo, ao barrar a
indispensável redução do número de alunos por turma e emparceirou com o PS e
com o seu Governo contra a proposta do PCP que visava garantir a todos os
estudantes a aquisição gratuita do material escolar obrigatório.
A IL ajudou a inviabilizar, com a sua abstenção, propostas
justas do PCP para tornar a carreira docente mais atractiva, melhorar as
condições dos alunos e dos professores.
Senhores deputados, senhor ministro da Educação,
Neste debate, é necessário confrontar também o Governo e o PS
com as suas opções.
Na Educação como na generalidade das áreas, os avanços
resultaram da iniciativa e da persistência do PCP. O PS por sua iniciativa
nunca o fez, foi obrigado por força das circunstâncias.
Foi assim, por exemplo, com o acesso gratuito aos manuais
escolares, só faltando consagrá-lo também para as fichas de exercícios, que o
PS recusa.
Foi assim com a reposição do número de alunos por turma para
os limites pré-era Nuno Crato, sendo necessário reduzi-lo mesmo, medida que o
PS chumba.
E foi assim com o fim dos exames do 4.º e do 6.º anos e com
os apoios às visitas de estudo, embora o PS recuse a sua gratuitidade plena.
Mas a vida também mostrou que a maioria absoluta do PS não
serviu para resolver os problemas da Escola Pública, quando rejeita propostas
do PCP no sentido dos avanços necessários.
Foi assim, por exemplo, em relação à contagem do tempo de
serviço subtraído aos professores, à contagem do tempo de trabalho em horário
incompleto, às medidas de combate à carência de professores, educadores e
técnicos, ao concurso de vinculação extraordinária, ao reforço da acção social
escolar e ao aumento do número de salas da educação pré-escolar na rede
pública.
É por isso que está na hora de mudar de política – e
por isso o PCP e, com este partido, a CDU, se confirmam como a alternativa de
confiança.