Não, a Ucrânia não deve entrar na NATO
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, no acrónimo em Inglês), Jens Stoltenberg, fez hoje uma visita, dita de surpresa, a Kiev, onde reiterou de forma bastante enfática o apoio da entrada da Ucrânia na aliança militar liderada pelos Estados Unidos da América.
“O lugar que cabe à Ucrânia está
na NATO e, com o tempo, o nosso apoio ajudar-vos-á a torná-lo possível”,
declarou Stoltenberg, que cumpriu uma série de rituais próprios das grandes
visitas oficiais, incluindo a deslocação a locais simbólicos da guerra e a
deposição se flores e homenagem aos mortos.
A afirmação do secretário-geral
da NATO confirma o empenhamento da NATO e dos seus membros, já traduzido numa “ajuda”
estimada em 150 mil milhões de euros, 65 mil milhões dos quais em apoio militar,
no conflito e sobretudo no propósito declarado – e partilhado pela União
Europeia – de esmagar a Rússia.
Confirma-se também o
aprofundamento da internacionalização do conflito – agora por procuração e sob
a forma de ajuda aparentemente indirecta – que, mais tarde ou mais cedo, com
pretexto “acidental” ou ostensivamente provocado poderá levar a uma conflagração
de proporções gravíssimas e de desfecho demasiado incerto.