Luther King, Obama e a Síria

Declaração prévia de interesses: Martin Luther King é um herói irrevogável da minha adolescência e da minha juventude; faz parte do quadro de referências de valores éticos e de ideais justos que ajudaram a moldá-las. 
Isto dito,
Assinala-se hoje o 50.º aniversário do célebre discurso do pastor protestante e líder da emancipação dos negros norte-americanos, proferido, a 28 de Agosto de 1963, na decisiva marcha de Washington pelos direitos cívicos. 
Se olharmos bem para as imagens desse comício, e em especial para a moldura que enquadra King, lá encontraremos uma dimensão mais ampla da segregação racial de então que, hoje, em larga medida, se perpetua na sociedade norte-americana.
O famoso discurso - "Eu tive um sonho", em tradução livre - foi proferido numa altura muito complexa e decisiva da emancipação dos povos colonizados, com uns Estados Unidos colocados na encruzilhada histórica das suas próprias origens, de antiga colónia britânica, de potência mundial emergente da 2.ª Grande Guerra e protagonista principal de um dos lados da Guerra Fria. 
Lembro-me disto sempre que recordo o início da luta de libertação dos povos colonizados por Portugal. E ocorreu-me hoje, a propósito da dramática previsão de agressão imperialista à Síria.
Parecendo que não, está tudo ligado...
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