O senhor ministro disse mesmo "Contribuição solidária"?

Há um assunto sério que divide muita gente: as subvenções auferidas por ex-titulares de cargos políticos. Controverso, dá pano para mangas e não me dá jeito discutir agora a sua justeza. Talvez um dia, mas a conversa será longa… Adiante.
Noticiou a edição de hoje do “Diário de Notícias”, aliás em franca manchete, que as ditas subvenções não serão atingidas pelo corte roubo dos subsídios de férias e de Natal imposto pelo Governo aos trabalhadores da Administração Pública e do sector empresarial do Estado.
Lesto a tentar mostrar serviço, lá veio o ministro das Finanças assegurar aos jornalistas que o Governo vai propor uma “contribuição solidária” de montante equivalente aos dos referidos subsídios, segundo noticiou a Lusa, agência à qual se devem as aspas da sobredita “contribuição”.
A coisa soa-me a piadola, a boutade que não chega a ser ingénua, a un chiste que no llega a ser un chiste como dizem os espanhóis. “Contribuição solidária”?! Se é para ser solidário, tanto pode o subvencionado ser solidário como pode não querer ser, certo? Então, se não quiser ser, não paga?
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