Pela presente e para os efeitos tidos por convenientes, reitero e mantenho o que aqui declarei sobre o ranking dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) relativo à liberdade de imprensa. .
Tarde, mas expectáveis, vieram os grandes incêndios. Encontraram vegetação abundante e seca, tempo quente, velocidades do vento elevadas, humidade relativa do ar muito baixa: condições explosivas. Quem sabe destas coisas, costume resumir tais condições à “regra dos três 30” – temperatura do ar superior a 30 graus Celsius (ºC); velocidade do vento superior a 30 quilómetros por hora (Km/h) e humidade relativa do ar inferior a 30%. Mas que há muitos anos se pronuncia sobre as condições favoráveis à rápida e extensa propagação dos incêndios, permitindo-lhes percorrer áreas inimagináveis para quem estiver por dentro do assunto, também tem chamado a atenção para as causas estruturais. Tenho, no meu acervo (profissional) de entrevistas, reportagens, notícias e artigos, mas também de colóquios que frequentei e sabatinas que me enriqueceram, declarações e explicações de muitos responsáveis, nomeadamente da chamada Protecção Civil, chamando a atenção para o (não por acaso) “pilar da ...
É forçoso voltar ao assunto da clara insuficiência (mesmo ausência?!) de informações verificadas e contrastadas pelos jornalistas acerca da realidade nos teatros de operações das guerras e dos riscos, comprovados, de instrumentalização dos meios de comunicação social dominantes e de evidente manipulação das massas. Comecemos por recordar o essencial: Desde que as agências noticiosas, os jornais, as rádios e as televisões (ah! ainda muito antes de sonharmos com as maravilhas da Internet!) difundem notícias da frente de batalha, as notícias da frente de batalha são, em geral, o que os contendores quiserem. Cada um deles distribui o respectivo boletim de baixas, perdas de equipamento, avanços e recuos de tropas, êxitos e fracassos, objectivos militares conquistados e perdidos, etc., que entender. Não há qualquer mecanismo de controlo e de verificação independente (sublinhe-se: independente) que permita contrariá-lo. Para dar (alguma, pelo menos alguma, algo que “cheire” a algo...
No dia em que completo(aria) 43 anos de exercício da profissão de jornalista, estando embora legalmente impedido de exercê-la, por força das funções de deputado à Assembleia da República que ora desempenho, gostaria de dirigir aos meus camaradas de profissão, e em particular aos meus camaradas do Jornal de Notícias , algumas palavras breves. Não obstante muitas desilusões, continuo a acreditar que a profissão que escolhi continua a ser a mais bela e mais completa – sentido humanístico – que alguém poderia escolher. Tive as oportunidades de colocar os pés na diversidade de pisos e de “altitudes” que nenhuma outra profissão me proporcionaria – da mais profunda, irrespirável e arriscada frente de desmonte numa mina à mais requintada alcatifa algures numa estratosférica torre de hotel de não sei quantas estrelas. Em todos os cenários, aprendi que não há nada como ter realmente os pés assentes na realidade. Tive também inúmeras ocasiões de contactar, de conhecer e de procurar aprofund...