Sobre o mito do rigor alemão

Há alguns anos, esperei mais de três quartos de hora (ou teria sido mais de uma hora?) por uma pessoa com um certo cargo público que se gabava da sua educação alemã para o rigor e para a pontualidade.
Fiquei esclarecido – sobre a pessoa e sem desprimor para os alemães.
Nos últimos dias, fomos todos informados de que a ministra alemã da Educação plagiou a tese de doutoramento, isto é, apropriou-se de criações alheias e não teve sequer o cuidado de mencionar a sua origem.
Hoje, foi noticiado que a chanceler Angela Merkel, que nos tem dado a todos abundantes lições de rigor, mantém "total confiança" na cidadã Annette Schavan, portanto, mantém ministra com a tutela da Educação uma pessoa que deveria ter tido a decência de demitir-se de tal cargo pelo menos quando lhe foi descoberta a trapaça.
Fiquei esclarecido – sobre as pessoas e os mitos; e mantenho respeito pelo povo alemão.
Mas depois admirem-se que, com mais ou menos variações, o exemplo vá pegando...

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