Para parar de vez a cambalhota moral

A fabulosa descoberta da alteração a uma preposição na chamada Lei da limitação dos mandatos dos eleitos locais não altera em rigorosamente nada na análise ético-jurídica que se deve fazer da norma.
Se o PSD - e, pelos vistos, o CDS - encontram no incidente de sintaxe um pretexto para mandar às malvas a posição que assumiram ao votar a lei que agora querem renegar à viva força do calculismo eleitoral, assumam de uma vez por todas a cambalhota moral que estão a dar: revoguem a Lei!
E digo isto, não por cumplicidade com a desavergonhada trasfega de presidentes de câmara (e suponho que de junta...), mas porque uma lei que era profundamente demagógica e atentatória da liberdade de escolha dos eleitos locais se revelou um diploma obscenamente hipócrita.
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