Uma pergunta desinteressada sobre rating, governos e tal

Regressado de um outro planeta, para o qual naveguei durante longos dias devido a obrigações várias e ingentes, dei com uma pilha interminável, quase homérica, de notícias sobre a esforçada peleja que, com magnífica e exemplar galhardia, se trava em solo pátrio - e também sob o estandarte amigo e em extensos domínios da Grande Europa - contra esse monstro, essa verdadeira Hidra que são as agências internacionais de notação financeira que, sem dizerem água-vai, varreram a credibilidade da Pátria para a latrina da finança internacional.
Fiquei perplexo, cá no meu modo de pensar, com tamanha berraria e com tão vigoroso fragor, em viril e patriótico desforço, contra o fero inimigo que, seguramente por artes demoníacas, intenta reduzir-nos à vil e mil - um milhão de vezes mil! - vergonhosa condição de lixo: Num repente, como se uma telúrica força convocasse fé, coragem, convicção e ciência, tanta e tanta gente se alevantou em armas - do Chefe do Estado ao modesto escriba, dos gabinetes das Finanças Públicas aos modestos paços municipais...
E dá deixo uma pergunta desinteressada - nada tendo a ver, nem com este nem com o anterior, nem com o anterior ao anterior... governo - que é a seguinte: por que é que tamanha força não se alevantou antes?

Desculpem qualquer coisa - e durmam bem, s.f.f.
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