Fwd: Biblioteca Digital da Unesco

Mão amiga fez-me chegar uma mensagem que circula no correio electrónico enaltecendo o lançamento, na Rede, da "Biblioteca Digital Mundial da Unesco".
A mensagem informa que a biblioteca virtual "reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta".
Segundo uma citação do coordenador do projecto, Abdelaziz Abib atribuída ao jornal espanhol La Razon, a iniciativa tem sobretudo um "valor patrimonial" não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de património, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Russo,Espanhol e Português".
Entre as preciosidades disponibilizadas está o "Hyakumanto darani" (séc. XVI), "um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história".
A biblioteca começa com 1200 documentos, acrescenta a mensagem, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.
É possível fazer a busca por épocas, regiões geográficas, tipo de documento e instituição, sendo as imagens dos documentos acompanhadas por explicações nos idiomas escolhidos.
Mas atenção ao rigorzinho: esta biblioteca digital não é "da Unesco". No próprio sítio, pode ler-se: que "foi desenvolvida por uma equipe da Biblioteca do Congresso dos EUA, com contribuições de instituições parceiras em muitos países, o apoio das Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO);  e o apoio financeiro de uma série de empresas e fundações privadas".
É importante notar o conjunto de instituições já associadas ao projecto - muito apreciável, até pelas virtuais que abre para inúmeras bibliotecas e arquivos, mas ainda muito incompleto.
Biblioteca Nacional de Portugal é uma das instituições associadas, mas, se fiz bem a consulta hoje, nenhuma das 13 peças sobre Portugal disponíveis na BDM lhe pertence. Por exemplo, o espécime do Plano geral da cidade de Lisboa ali reproduzido pertence à Biblioteca Nacional do Brasil e o do mapa do Reino do Algarve pertence à Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

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