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Estafetas e motoristas TVDE, escravos da era digital

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 A sessão plenária de hoje na Assembleia da República foi dedicada à situação, de grave exploração do trabalho precário e escravo, de dezenas de milhares de trabalhadores estafetas de entrega de refeições ao serviço das plataformas digitais e motoristas dos TVDE. Como sempre, é com o PCP que podem contar.  Duas intervenções sobre o assunto:    

A pesada factura europeia e a defesa necessária da Quinta dos Ingleses

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Parecendo que não, está tudo ligado. E não é só do que da jornada parlamentar de hoje que me coube. Num primeiro momento, um questionamento ao PSD sobre os fundos europeus; num segundo, sobre a ameaça que está em marcha contra o património - cultural, histórico, patrimonial e natural - que a Quinta dos Ingleses, em Cascais, representa. Eis as intervenções: Sobre os fundos europeus Sobre a Quinta dos Ingleses

O Programa do XXIV Governo e os compromissos do PCP na Educação e no Ensino Superior

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Sobre o Programa do Governo na Educação, Ensino Superior e Ciência. O que foi possível dizer em cerca e dois minutos. Mas também reafirmando, implicitamente, o compromisso que o PCP tem para com os professores, os restantes profissionais das escolas e das instituições de Ensino Superior e de investigação científica, os estudantes e as suas famílias. Ver também: A inexistência de um ministério dedicado ao Ensino Superior não é um pormenor | Partido Comunista Português (pcp.pt)

Parlamento baiado

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Incomoda-me muito que a Assembleia da República esteja quase integralmente cercada por baias, à excepção parcial do acesso Nascente à fachada principal. Incomoda-me porque, desde logo, transmite uma imagem de exclusão, de afastamento, de repulsão, para não dizer de repressão. E não, não é isso que deve ser a Assembleia da República, por muito funestos que sejam os ventos que sopram.

O acesso à Cultura também é contigo

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Na manhã do domingo passado - o primeiro do mês, e portanto o dia de a Fundação de Serralves oferecer uma espécie de bodo aos pobres de três horas de visita gratuita, quando, nos museus, palácios e monumentos nacionais se verifica durante todo o dia em todos os domingos e feriados -, foram recolhidas cerca de mil assinaturas numa justa petição pelo alargamento desse direito. Mas também está disponível em linha, aqui . Foto: https://www.porto.pcp.pt/

Gaza, Fase 5 do IPC

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Fase 5 do IPC – já ouviram falar? Agora, a tradução qualitativa: “fome catastrófica”, que significa extrema escassez de alimentos para as necessidades básicas das famílias, apesar de toda a imaginação em estratégias de sobrevivência, expressa em níveis críticos de fome, desnutrição aguda, morte. É o que está a acontecer na Faixa de Gaza, para além das vítimas da metralha israelita – 31 726 mortos e 73 792 feridos, segundo as autoridades locais de Saúde citadas ontem pela ONU. Segundo a Organização das Nações Unidas, “toda a população” da Faixa de Gaza, estimada em 2,3 milhões de pessoas, enfrenta insegurança alimentar aguda, com quase dois terços das famílias sem comer em pelo menos dez de cada 30 dias, e que mais de 1,1 milhões esgotaram as suas reservas alimentares, encontrando-se na fase 5 – fome catastrófica – do sistema IPC (do acrónimo em inglês Integrated Food Security Phase Classification). Para além da metralha contra civis e alvos que não podem ser campos de batalha, como os

Legislativas 2024: e agora?

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E agora? Apesar da adversa correlação de forças que resultou das eleições e dos desafios acrescidos que teremos pela frente, é com o PCP, é com este magnífico colectivo, que os trabalhadores, o povo e as populações contam, também na Assembleia da República, neste combate que não cede, neste projecto que não vacila, com esta firmeza que não transige.

Notas de campanha (13, última)

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1. A sala de espectáculos da Tuna Musical de Santa Marinha, em pleno centro histórico de Vila Nova de Gaia, está à pinha. “A CDU a avançar, as mulheres a votar! A CDU a avançar, as mulheres a avançar!...” A palavra de ordem é entoada a plenos pulmões, com enorme entusiasmo. Hoje é o Dia Internacional da Mulher – dia de luta, porque a prática de todos os dias contraria as garantias constitucionais e legais. Por isso a CDU realizou uma sessão dedicada à luta ainda necessária. “Estou aqui para que as jovens não passem pelo que eu passei: estava grávida no fim do mês e andava a lavar escadas de joelhos.” Palavras ditas por uma senhora idosa que, no final da sessão, se aproxima do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, para o abraçar. 2. A chuva copiosa fustiga a acção de contacto com a população em Vila Nova de Gaia. “Ó senhores, saiam lá da chuva, que ainda vão ficar constipados e nem às eleições chegam!” Deixe lá, campanha molhada, CDU abençoada! A mulher ri com condescendência. Adiant

Notas de campanha (12)

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1. Logo haveria este automóvel de bater neste autocarro! Como se não bastasse já a chuvada que aflige os passageiros à espera do autocarro da UNIR que tarda e o outro que nunca sabe a que horas vem (diz um responsável metropolitano o que os horários “ainda estão implementação”…). Deu para se entreter o povo. “Ai a culpa foi da senhora que se atirou para a frente do autocarro!” Atropelada? “Não!, foi chapa do carro”. E com isto a Rotunda de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, um martírio de trânsito que é um quase um passo para a santidade dos condutores mais dados à virtude da paciência, entope, com as artérias rodoviárias a ameaçar uma embolia. “Por estas e por outras é que precisamos de melhores transportes!” É um velhote simpático, o que agarra o panfleto da CDU, na descida para a estação do Metro. “Por isso voto na CDU!” Tempo agora de rumar rua fora. 2. Numa loja, duas trabalhadoras recebem com agrado o documento da CDU. “É mesmo disto que estamos a precisar!” Aguardam a chegada d

Notas de campanha (11)

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1. A jornada de hoje começa com o apoio à luta dos trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda, que se concentraram à porta das instalações em Lisboa e no Porto exigindo a consagração, no Acordo de Empresa em negociação, a actualização do subsídio de refeição (congelado há 14 anos!), a valorização dos salários em pelo menos 150 euros, horários iguais e o fim da precariedade. 2. Acção de contacto com a população e comerciantes na zona de Santo Ildefonso, no Porto. Uma aflição comum de quem tem casa aberta: a ameaça ou a mera possibilidade de vir a ser despejado. O gerente desta loja de instrumentos, por exemplo, queixa-se da brutal quebra das vendas, e aponta o receio de um aumento da renda – “Não aguentaríamos, seria a nossa morte”, diz. No Centro Comercial Invictus, que já foi há muito a coqueluche da cidade, os donos de duas pequenas lojas de retrosaria testemunham em carne viva a experiência. Um foi expulso da Praça de Carlos Alberto; outro da Rua de Passos Manuel. Nos dois

Notas de campanha (10)

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1. Na entrada para uma reunião na direcção regional do Porto do Sindicato dos Funcionários Judiciais, um velho duplicador stencil jaz numa vitrina de memórias. Mais do que a nostalgia, retenho o papel simbólico destes equipamentos outrora utilizados da multiplicação de circulares, de boletins, de panfletos, subitamente ressurgidos da memória, em plena tarefa de propaganda, de intensificação da palavra. É preciso continuar – levar os anseios dos trabalhadores e das populações à luta, a luta ao voto e o voto em transformação. 2. Em Penafiel, há uma enorme fábrica plantada no meio de campos e vinhedos. Parece uma nave vinda de outra galáxia. O parque de estacionamento está coalhado de automóveis. Pela uma da tarde, chegam às dezenas, largas dezenas (e não seriam centenas), transportando operários que vão entrar de turno, fabricar componentes para a luxuosa marca Louis Vuitton de malas de renome mundial. Vão apressados, mas condutores descem os vidros, curiosos com a brigada de propaganda

Notas de campanha (9)

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1. Está tudo preparado, quem tem lugar está sentado, quem não tem – e são muitos os que vieram – fica de pé. Estamos na tribuna pública em defesa do Serviço Nacional de Saúde, que vai decorrer junto do Hospital de Santo Tirso. João Ferreira, segundo candidato da CDU no distrito do Porto e membro da Assembleia Municipal, prepara-se para fazer a saudação de boas-vindas, proferir uma alocução sobre os problemas da saúde no concelho e na região e passar a apresentar os restantes oradores. Nisto, uma idosa entra no espaço, aproxima-se do secretário-geral do PCP, sentado na primeira fila ao meu lado esquerdo, e interpela-o: “Gostava de saber por que é que ninguém fala das penalizações das reformas!” Paulo Raimundo escuta-a com atenção. “Nós falamos”, garante. Ela: “Só voto em quem me responder!” E narra os dias difíceis da sua vida, os anos de descontos, o trabalho desde menina, diz que a queixa lhe vem do coração. O Paulo garante-lhe, “olhos nos olhos, que a CDU defende as reformas sem pena