Notas parlamentares (9)

Sapadores - De Sapadores Bombeiros. Contacto, na segunda-feira, com conjunto de profissionais de vários corpos municipais que se encontram, há várias semanas, junto à Camara Municipal do Porto, em vigília permanente em defesa de subsídio de risco digno desse nome, por uma carreira digna, salários justos, horários e regime de folgas adequado e pelo direito à antecipação da idade de reforma. As vigílias repetem-se nomeadamente em Lisboa, frente à Assembleia da República, tendo o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, já cumprimentado ali outros sapadores. Que conste, foi o único líder partidário que teve esse gesto. Na quarta-feira, sapadores bombeiros de todo o país manifestaram-se na escadaria da Assembleia e o PCP lá esteve, a declarar o seu apoio às reivindicações justas e a recordar que, na próxima quarta-feira, dia 9, o plenário do Parlamento vai ser dedicado exclusivamente a duas iniciativas do PCP - um Projecto de Lei que reconhece a profissão de bombeiro como de risco e desgaste rápido; e outro que reforça os direitos e regalias dos bombeiros. 

Saúde - Ainda na segunda-feira, foram entregues na Assembleia da República duas perguntas à ministra da Saúde sobre respostas do Serviço Nacional de Saúde no distrito do Porto - uma sobre as falhas graves no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Baião; outra sobre a situação da ala de psiquiatria do Hospital de Penafiel (Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa).

Audiências - Além da intervenção em plenário e nas comissões parlamentares, as tarefas de deputado no âmbito do respectivo grupo parlamentar/partido incluem contactos regulares nos círculos eleitorais (o encontro de segunda-feira com os sapadores do Porto é apenas um exemplo) e a de receber em audiência de pessoas e entidades muito diversas. Só nesta terça-feira, organizações representativas do sector dos combustíveis, dos estudantes de psicologia e jovens psicólogos, escolas profissionais e pela inclusão.

Bancários - No âmbito do Grupo de Trabalho Audição de Peticionantes e Audiências da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, foi ouvido, na quarta-feira, um conjunto de cinco sindicatos de trabalhadores bancários que foi expor, a grave situação que atinge os seus representados, que se caracteriza, por exemplo, por uma preocupante degradação das condições salariais (novos recrutados ganham menos de mil euros); recusa dos bancos em proceder a aumentos justos (os lucros de alguns aumentaram entre 22 e mais de 58%, ao passo que as actualizações salariais não passam dos 3%; prolongamento sistemático e abusivo das jornadas de trabalho e sem direito a trabalho suplementar; assédio moral; etc.              

Reformados - Também no Grupo de Trabalho Audição de Peticionantes e Audiências da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, foram ouvidas, ontem, quinta-feira, em audição conjunta, as organizações INTER Reformados (CGTP-IN) e o MURPI - Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos. Em conjunto, dinamizaram uma importante e justa Petição Pela criação de uma rede pública de lares, centros de dia, centros de convívio e outros equipamentos e de prestação de apoio domiciliário multidisciplinar, uma iniciativa que está em vias de ser discutida em plenário.

Orçamento - O romance PSD/PS em torno do Orçamento do Estado para 2025 atingiu, ontem, o momento alto de dramatização, com mais um deprimente arrufo de namorados em pleno Plenário (é quase pleonástico...) entre os respectivos líderes, a pretexto do debate quinzenal com o primeiro-ministro. Lá teremos, pois, mais um Orçamento ao serviço dos de sempre - com este Governo, como com os anteriores...

STOP - O PSD, o PS, a Iniciativa Liberal e o CDS aliaram-se (o Chega absteve-se...), hoje, na rejeição do Projecto de Resolução do PCP que recomendava a criação do Centro Cultural e Musical do Porto no ainda chamado Centro Comercial STOP. Já se esperava: no debate da semana passada (27 de Setembro), bem se afadigaram a saudar os músicos e a experiência (única, vejam bem!) do CC STOP, mas lá se foram esfarrapando em desculpas. Hoje, foi o dia da verdade.