De repente, o Grupo de Cantares de Candal

Há poucos dias, numa deambulação estival pelo país real, encontrei, em alegre e simpático desempenho, um grupo de cantadeiras de Candal, São Pedro do Sul, que animava a praça das Termas.

Cantando a três vozes (“encher”, “descante” e “botar por cima”) temas do folclore da região e do reportório popular nacional, em harmonizações tocantes, de uma beleza de regalar, o Grupo de Cantares de Candal é um repositório precioso.

Não sei se alguma vez este grupo, que umas vezes atua com a formação original e outras emparceira com um de Manhouce ou outro de Arouca, foi chamado às televisões e aos respectivos programas que impõem o gosto pelo menos duvidoso especialmente nos programas de fins-de-semana.

Mas é um exemplo – seguramente um entre muitos – de quanto ganhariam os programadores do entretenimento televisivo e fariam ganhar os espectadores se pusessem os pés ao caminho e percorressem o país à procura sistemática destes recursos, de preferência com suporte em aconselhamento científico.

Como arrimo útil nesses percursos, sugiro uma visita ao projecto “A nossa música, o nosso mundo: Associações musicais, bandas filarmónicas e comunidades locais (1880-2018)”, do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, no qual estão disponíveis materiais muito preciosos, incluindo uma recolha dedicada ao simpático grupo de Candal. 

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