Argentina: campanha pela democracia


Fixemos bem este nome: Javier Milei. Acaba de “surpreender” o mundo mediático ao posicionar-se, com 30,14% dos votos alcançados nas eleições primárias abertas de ontem, como perigoso potencial vencedor das eleições presidenciais argentinas de outubro e até a imprensa insuspeita de progressismo não o poupa aos rótulos de “ultraliberal” e “ultradireitista”.

 Admirador confesso de Donald Trump, incluindo quanto à liberalização do uso de armas, Milei, proposto por um partido que se designa A Liberdade Avança, define-se com preocupante facilidade quando contesta os direitos sociais o “disparate que diz que onde há uma necessidade há um direito, mas esquece-se que esse direito tem de ser pago”.

Os resultados mostram que o terreno está difícil para a esquerda e as forças progressistas, mas tem razão o Presidente cessante, Alberto Fernández, quando diz que “começa agora a verdadeira campanha a favor da democracia e dos direitos das pessoas”.

(A foto, com a devida vénia, é de Anibal Greco, e foi publicada no diário argentino La Nación.)

Mensagens populares deste blogue

Jornalismo: 43 anos e depois

O serviço público de televisão e a destruição da barragem de Kakhovka: mais rigor, s.f.f.

O caso Rubiales/Jenni Hermoso: Era simples, não é?