Sobre a caça ao "general comentador"
Está em curso no espaço público uma
verdadeira caça ao general-comentador, visando nada menos do que neutralizar
vozes diferentes da voz do consenso (ou do pensamento único) sobre os
acontecimentos nos Leste da Europa, e concretamente na Ucrânia.
Trata-se de uma campanha que roça
frequentemente a calúnia, apodando frequentemente de “putinistas” oficiais
generais e outros oficiais menos graduados aposentados das Forças Armadas
portuguesas e com carreira na docência universitária nas áreas das relações
internacionais, defesa e estratégia militar.
Não obstante a significativa
qualificação académica e militar desses protagonistas para a análise da situação
no Leste, o curso da guerra na Ucrânia, assim como as suas causas e a respectiva
contextualização e profundas implicações geoestratégicas, políticas, económicas
e sociais, a campanha de desprestígio e de questionamento da sua legitimidade é
uma expressão muito preocupante do que pretende a ditadura do pensamento único:
varrer do espaço mediático, e em particular das televisões, os que ousam saber
e, sabendo, ter opiniões diferentes do cómodo consenso que o esmagador aparelho
mediático está a vender-nos.