Liberdade de investigação académica em questão

Uma tese de doutoramento recentemente defendida na Universidade do Minho pôs o país mediático empolgado e o país empresarial acirrado. A tal ponto que a Portugal Telecom (PT) e a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) ameaçaram o investigador Sérgio Denicoli com processos judiciais por difamação.
Em causa, dizem, está o labéu difamatório que sobre eles lançou a tese, ao demonstrar, contam as notícias, que a PT capturou a Anacom na implementação da televisão digital terrestre (TDT). 
À sucessão de notícias sobre o caso e a reacção dos "visados" e a posição da própria Universidade do Minho, demarcando-se das conclusões, opõe-se agora uma interessante petição pública, colocando em evidência um valor essencial também para a investigação científica - o da liberdade e independência da investigação académica.
A este hora (23h40) tem 127 peticionários, na maior parte docentes universitários e investigadores, da UMinho, mas também de outras instituições de ensino superior. Mas promete ganhar dimensão e não deixar de lançar um importante debate, não só entre universitários, mas também entre os cidadãos.

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