"Almofadas" de 15.650 milhões mesmo à mão

O Governo não se cansa da fita da recusa em recuar no brutal Orçamento do Estado com que nos empurra para a miséria, insistindo na desculpa de falta de almofadas e de folgas e de alternativas. Mas que as há, há. Falta é vontadinha para virar a agulha para o lado certo.
Quatro exemplos*:
  1. Uma taxa de 2% sobre os movimentos bolsistas (145 mil milhões de euros em 2010) daria 2.900 milhões de euros, evitando os cortes na saúde e na educação;
  2. A abolição dos offshores faria com que os 3.500 milhões que saíram do país desde o ano passado daria 1.050 milhões de euros, garantindo a todos o subsídio de Natal deste ano (800 milhões de euros);
  3. A abolição dos 1.700 milhões de euros de benefícios fiscais que o Orçamento prevê em sede de IRC em 2012 ajudaria a pagar os subsídios de férias e de Natal do próximo ano;
  4. Medidas eficazes para impedir a evasão fiscal de dez mil milhões de euros ajudaria a resolver grande parte dos problemas do país e para reduzir o défice.
Só nestas medidas, o Estado tem uma "reserva" de 15.650 milhões de euros. Está à espera de quê?

* Exemplos retirados de um documento da CGTP de cuja origem não me lembro.
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