Notas parlamentares (49)
Habitação - O debate, na generalidade, da Proposta de Lei de Orçamento de Estado para 2026, permitiu confrontar o Governo, logo na segunda-feira, com as suas opções, de manutenção do modelo económico de salários e pensões muito baixos que tornam indecifrável a charada da suposta "renda moderada" de 2 300 euros e que exigem mais, muito mais habitação pública, como o PCP salientou na interpelação ao primeiro-ministro.
Impostos - Na terça-feira, prosseguiu o debate na generalidade do Orçamento de Estado, oportunidade para confrontar o Governo com a opção, profundamente errada, de favorecer os grandes grupos e a banca, bem como com a a exigência de redução do IVA sobre os produtos alimentares e a energia, mas também denunciou a falácia do equilíbrio do orçamento, afinal desequilibrado contra os trabalhadores, os pensionistas e as pessoas com deficiência.
Ambiente - Ainda na terça-feira, o PCP confrontou a ministra do Ambiente com a revolta com a perspectiva de fusão do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que o Governo tem em preparação.
Media - Prosseguindo o debate do Orçamento de Estado, agora em audições sectoriais com os ministros, na quarta-feira foi o momento de interpelar o ministro da Presidência, que tem a tutela da comunicação social, especialmente sobre a Agência Lusa, a situação na RTP e os problemas de precariedade que ainda persistem.
Freguesias - Na quinta-feira, o PCP teve oportunidade de saudar o poder local democrático e agradecer o parecer não favorável da Associação Nacional de Freguesias sobre a proposta de Orçamento do Estado, que mostra bem que o Governo não é amigo das autarquias locais.
*
Foto da semana - Constituição
Esteve patente, no átrio principal do Palácio de São Bento, uma interessante exposição evocativa dos 50 anos da Assembleia Constituinte e da sua exaltante tarefa de elaborar a Constituição da República Portuguesa, hoje sob graves perigos e ameaças.